Novo juiz da Lava Jato compara delação premiada a pau de arara dos tempos da ditadura

Transcrevo aqui a matéria de FERNANDO BRITO, do Blog TIJOLAÇO, postada neste 19/10/2015

joaobatista

“O experiente Frederico Vasconcellos, blogueiro da Folha especializado no Poder Judiciário, deve ter boas razões para dizer que “deverá causar impacto entre os envolvidos nas investigações sobre corrupção na Petrobras a entrevista exclusiva concedida pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal de São Paulo”.

Porque o juiz, que recebeu a “fatia” dos processos antes entregues a Sérgio Moro relativos a delitos que teriam se passado em  São Paulo, queira ou não, faz da entrevista dada ao Valor Econômico, publicada hoje apenas para os assinantes do jornal, pura dinamite:

“Que diferença tem a tortura de alguém que ia para o pau de arara para fazer confissões e a tortura de alguém que é preso e só é solto com uma tornozeleira, depois que aceita a delação premiada?”

“Como pode o juiz recolher alguém no cárcere, forçá-lo a fazer a cooperação premiada e depois ele vai julgar. Com que serenidade?”

“Acho que( a delação) deve ser um instrumento à disposição dos imputados. Ela não pode ser extorquida, não pode ser obtida mediante coação, mediante violência.”

“Daí os mais antigos ( juízes, presentes a um seminário, que o ouviram falar  que a delação não era mero instrumento de condenação) riram e falaram: ‘não, a juventude quer sangue’. O mesmo sangue que se queria no Coliseu. O mesmo sangue que se queria quando um romano enfrentava um leão.”

Hoje, o juiz Sérgio Moro é saudado nos jornais por ter decretado uma nova prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht, diante da iminência da revogação da ordem anterior do Supremo, que mandou soltar um outro dirigente da empreiteira.

Os jornais destacam, quase que como “argumento jurídico”, o fato de que isso “garante” que Marcelo, que já está detido há quase quatro meses (e só há poucos dias foi interrogado pela primeira vez) irá passar o Natal preso”.

***

Criticando a postura de jornalistas afinados com Diogo Mainardi, que comemoraram o fato de Moro ter sido “rápido como um cowboy” o que dificultará para o STF e o STJ “soltarem a quadrilha” – na linguagem deles –  Brito encerra sua matéria com a indagação: “Será que o distinto leitor e a caríssima leitora percebem alguma diferença de métodos ou de grau civilizatório?”.

http://tijolaco.com.br/blog/juiz-que-recebeu-fatia-de-processo-de-moro-diz-que-delacao-nao-pode-ser-tortura/

27 ideias sobre “Novo juiz da Lava Jato compara delação premiada a pau de arara dos tempos da ditadura

  1. Acho muito difícil que não haja uma overdose de corrupção nestas figuras ora presas em Curitiba. e quanto ao comentário de Severino (Severino Bonobo de Oliveira em 20/10/2015 às 5:17 disse:) sobre ficarmos aplaudindo este circo… prefiro aplaudir este circo de horrores do que sentir-se onerado por políticos e ganhadores de cargos estatais que colocam qualquer “cosa nostra” como ladrões de casacas.
    Também entendo que a “esculhambação institucional” foi feita por estes miseráveis que estão envelhecendo rápido e viraram “Artistas da Fome” (salvo o Dirceu, que continua com aquele sorriso imposto). Ainda que a delação premiada esteja sendo imposta… a roubalheira não estava sendo menos arbitrária do que isso… e entre eles e a população toda do país ser a vítima da “esculhambação institucional”… que sejam eles.

  2. O Brasil ainda não está em chamas ainda graças à serenidade dos que sofrem diuturnamente a vileza, hipocrisia e cinismo presentes nos ataques continuados contra os interesses do povo brasileiro, porque não resolveram contra atacar, conclamando as suas bases para o confronto. O que querem os hipócritas, fariseus, rentistas cínicos, com essa campanha moralista é justamente isso. Que o país se incendeie e eles coloquem a polícia nas ruas e os meios de comunicação para insuflar ainda mais o clima de medo na sociedade, propiciando a consolidação do clima de golpe em que eles investem sempre, como em 54, 64, e hoje. Sempre a elite corrupta usou o tema “corrupção”, com grande sucesso, para atear fogo na sociedade e fazer o país voltar aos trilhos no velho sistema “Casa Grande e Senzala”!

  3. Com todo o respeito, este senhor que assina Bonobo é porta-voz oculto dos petistas. O Brasil está em chamas e ele ainda vê gente honesta no poder.
    É, inegavelmente, um otimista não realista.

  4. Não existe crime maior e mais abominável de corrupção, de autoria coletiva, de toda a sociedade dominante, que manter milhões de pessoas excluídas, condenadas à miséria durante 500 anos, para sustentar a opulência de poucos, auto selecionados, entre esses mesmo autores. E esse seleto extrato corrupto da sociedade corrupta, construtora dessa exclusão criminosa, elegeu os personagens mais eminentes do sistema político que tirou pelo menos 40 milhões dessas pessoas da miséria para expiação de seus pecados, acusando-os de corruptos. Isso fica muito claro quando se observa o tratamento diferenciado entre a escandalização do comportamento de algumas pessoas infiltradas na Petrobras e a discreta abordagem dos grandes crimes de centenas de criminosos das ZELITES personagens de investigações que se arrastam, nunca evoluem, em operações como a Castelo de Areia, Listas do HSBC, ambas devidamente abafadas e agora a ZELOTES, repleta de pessoas das vizinhanças dessa senhora Arlete Mendes Camargo, tão revoltada com a corrupção (dos outros). Lembra-me uma frase de Millor Fernandes.

    “Estou cansado de sentar à mesa com corruptos para falar da corrupção”.

    Fazem mais de 35 anos que tentam corromper o Lula e, se não conseguem, tentam envolvê-lo, de alguma maneira, em algum caso suspeito. Como toda a caterva da alta burocracia do Estado é solidária nessa empreitada, vivem em dobradinha inventando factóides para exploração dos empresários corruptos das empresas de mídia contribuir com o processo de expiação dos pecados do povinho das áreas nobres. Essa é que é a verdade! Sorry High Society! Não nos esqueçamos que até a Dra. Denise Frossard colocá-los na cadeia, os personagens mais homenageados pela nobre Society carioca eram o Anisio Abrão, o Castor de Andrade, o Turcão e toda essa estirpe. Como diria o meu avô: “Tutti buona gente! Ma, tutti ladri!!!

  5. Os que ainda insistem em defender o PT, a roubalheira sem limites e o retrocesso político merecem ir para a Coréia do Norte ou para Cuba apenas com passagem de ida. São animais parados na Idade da Pedra. O comunismo não deu certo em parte alguma e eles ainda legislam em favor desta estranha e exótica ideologia. Uns usam nomes falsos. Outros se camuflam de outra forma. Todos são covardes. O PT, Lulla, Dillma e tantos outros já acabaram.
    Como dizia o meu vizinho Ibrahim Sued, quem viver, verá. Sorry, periferia.

  6. OH pátria amada! Essa eu não vou conseguir comentar porque é simplesmente impossível de entender. Por favor, tente mais tarde. Obrigado.

  7. Engraçado (mas, na verdade, não tem graça nenhuma) é que o cidadão proclama a validade do DEBATE SOBRE O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO para fundamentar o seu entendimento de que o BLOG não contribui para esse debate justamente quando coloca uma opinião dissonante em meio ao ruidoso turbilhão de apoio ao exercicio das regras do ESTADO DE EXCEÇÃO resultante no “consenso” estabelecido entre o jogral midiático e seus incautos e aturdidos espectadores. Então, presume-se que o preclaro missivista entende que o tal estado democrático é estabelecido a partir do momento em que se aceita a uniformidade do pensamento e a eliminação do contraditório. Explica pra nóis como é que é isso, cumpadi!!

  8. Lamentavelmente, este blog só publica posts favoráveis ao PT. Por isso, torna-se uma leitura politicamente incorreta porque menospreza os dois lados de uma contenda. A divergência é salutar dentro do Estado Democrático de Direito.

  9. Parece´-me que este Sr. ainda não entendeu o que é realmente o Lava jato. Triste é ter magistrado assim.

  10. Queremos sangue sim, pois para a imputabilidade da justiça brasileira dá nojo, ansia de vomito.
    Com corruptos assasinos desse nível, com extremo poder, que armas esse juiz quer que se lute??
    Bandido nâo tem pena de ninguem, porque ter pena delês??? Só se for igual e bandido também.

  11. Este blog está parado no tempo e no espaço. E anda sem publicar posts de leitores inconformados com a roubalheira governamental. Gozado: não se conhece uma linha da blogueira contra os roubos e outros desmandos.

    • Este blog está parado no tempo e no espaço. E anda sem publicar posts de leitores inconformados com a roubalheira governamental. Gozado: não se conhece uma linha da blogueira contra os roubos e outros desmandos.

      OH, Janine Veiga, é leviandade repetir o jogral midiático, sem apresentar fundamentação nem comprovação de acusações, como faz a mídia bandida! Onde vc se baseia para falar em “roubalheira governamental”? Estaria por acaso se referindo a que Governo? Sim! Porque é interessante notar que o CARTEL, midiático, jornais, rádios, TVs e toda essa imundície, tanto se acostumou de falar e criticar apenas e tão somente o Governo Federal que passou a falar apenas do “governo”. Tanto não se fala de outro, que, quando fala-se em GOVERNO, é a senha para deitar falação e ilações sobre tudo e sobre todos. Também é leviano, e, é bom que se assuma que leviandade é indicativa de falta de caráter, de brio, de princípios éticos e morais, acusar TODOS OS BLOGS de serem coniventes ou aderentes a “roubos e outros desmandos” que também vc menciona de uma forma genérica, , insinuante, sem indicar a que se refere. Eu desafio vc a mencionar uma, UMA ÚNICA, informação fundamentada que lhe sustente a afirmação sobre “roubalheira governamental” ou sobre aderência, ou conivência, de BLOGS a roubos ou desmandos. Se vc não Ttem o que apresentar nada, cabe à sua insinuação a qualificação de
      LEVIANA!!!

  12. É por causa disto que o país institucionalizou o “COITADISMO” no país. A delação premiada é elogiada nos USA e foi copiada deles, mas para quem vê na justiça uma entidade social e não um órgão jurisdicional para sessar o delito criminoso é uma tortura, a ponto de doer tanto como uma tortura física. Muitos ainda não sabem por que o país é uma republiqueta de bananas quando o mais importante é salvar o delituoso da humilhação de ser exposto como corrupto e ladrão e não dar um exemplo a sociedade que o crime não compensa e o pior dito por um juiz.

    • Edegar, me desculpe! Mas, vc está falando besteiras!! Besterias é coisa de “abestado”, como se diz no Nordeste! E, já que vc gosta de se inspirar nos ídolos dos “vira-latas” lá dos EUA. Lá eles chamam isso de “bull shit”! Um sábio nordestino dizia que “Quem fala sem pensar, dá bom dia a cavalo!” No seu caso, não é falta de pensar, porque não adianta nada pensar se não há conhecimento para ser elaborado pelo pensamento.

      Eh justamente porque não queremos ser uma republiqueta de bananas que não aceitamos que se estabeleça essa PPP – Parceria Público Privada obscena entre agentes públicos corrompidos com os agentes privados controladores de CONCESSÕES PÚBLICAS de meios de Comunicação para atuação política partidária ilegal, produzindo essa impressão distorcida e absurda na cabeça dos incautos, como voce, conforme vc mesmo expressa.

      Como todo o midiota que se acultura por meio das manchetes midiáticas, vc comete o erro de partir do princípio que estabelece que os inocentes que estão sendo arbitraria e ilegalmente presos, sob simples e supostas suspeições, são bandidos, porque assim a mídia já os julgou e condenou. Isso é indicativo de falta de senso crítico e conhecimento da trama que se desenvolve.

  13. O carcereiro e o estado de exceção
    Por Renato Uchôa (Educador)
    Por Ana Paula Romão (Educadora)
    Ninguém pode negar. A exceção, ou milhares delas na fase adulta, vestidas com as camisas padrão FIFA. No desfile do preconceito, intolerância e exclusão; vai para aquele que foi criado espancando a babá. Tapa no rosto, puxadas no nariz o dia todo… A cauda do gato vira um pião no giro. É o inferno na terra com a conivência dos pais. Não tem limite. É o processo de iniciação dos pivetes no poder de mando e desmando. Mandar em todos e em tudo pela frente à vida toda. A essência da violência é gestada, polida no berço, principalmente no esplêndido, permitido pela exploração de uma classe sobre outra. De poucos, que açoitam os outros berços de madeira ou cama de papelão. A outra que vem dos becos escuros, da revolta popular nas favelas, dos formigueiros desumanos do espaço dividido. No campo e na Cidade. Vem no pacote da escritura da divisão das riquezas, do difícil e quase impossível acesso a ela. Cartão de crédito “pripinado”, ou propinado na assinatura. É inexorável. Que a festa do reinado um dia espoque. Não serão traques e foguetes no pipoco. À exceção, a contrapartida é do amor depositado no carinho, que milhões de empregadas domésticas têm com as crianças que cuidam. Muito mais que as delas. Não agradecem, excetuando uns poucos da elite. A exceção não tem regra. Regra e rega cotidianamente àqueles predestinados futuramente a ocupar o Aparelho de Estado. Como extensão dos feudos familiares, com a benção dos pastores do dízimo, da venda de terrenos no Céu e perfume com cheiro de Jesus. A ameaça às camadas subalternas da vinda iminente do capeta, do diabo canhoto (esquerdo), do gramunhão… Aumenta as vendas. Não conhecemos nenhum diabo que seja destro, mas, na verdade todos eles escrevem com a mão direita. A exceção subverte a regra, se apropria, se confunde, se torna a regra e vai dominando o processo de construção da democracia no país, contraditoriamente. O juiz Moro é o modelo. Não sabemos se foi criado assim. Não se sabe, algum dia deu um pio em favor do avanço da democracia brasileira? O que se sabe é que sempre perambulou nas sombras. Da AP 470 comandada pelo feitor Joaquim Barbosa na condenação de vários sem provas. O que é público e notório, quando advogado, os préstimos jurídicos pra livrar cachorros grandes no desvio de verbas públicas na República Corrupta do Paraná. Todo bandido ou inocente tem o direito constitucional de defesa nos processos legais. Nenhum problema ao defender um constituinte. É para isso que os advogados se preparam. O que se torna escandalosamente notório é a vocação que ele tem pra ser carcereiro, para a subversão da ordem constitucional, na ânsia de prender sem provas. Prende inocente, tem pavor de convocar qualquer corrupto do PSDB… Inocentes culpados, sem prova. Usou a estrela do PT é suspeito. A exceção é a regra que permeia claramente o processo em curso que colocou o PT em estágio letárgico faz anos. O juiz Moro é a regra da justiça brasileira usando a exceção como bíblia na cruzada para destruir a esquerda no Brasil. As casas funerárias do STF, STJ, Congresso Nacional, que se tornou uma Casa de Tolerância da intolerância, com todos os tipos de prostitutos contra as camadas populares, a PF sem controle…Têm planos a preços módicos para fazer o enterro do PT. Não façam barulho no velório anunciado. A direção do PT, o obtuso ministro da justiça Cardoso, dorme como nenéns de sono profundo. Qualquer um pode ser preso, bem vindo ao Estado de Exceção, com a conivência do processo democrático. Mãe Carlota foi a minha babá de coração, meu coração. Elha balançou a baladeira de Ana, e pulou no poço para salvá-la, quando tinha três anos. Nem você que pensa, nem nós, nem elas deixamos o juízo apodrecer. Resistir é preciso.

    • Quem é o “novo herói” e quem lhe dá suporte?
      Lá pelos anos 90, um jovem juiz, um tal de Sergio Moro, atuou nos processos derivados de denúncias da CPI do Banestado que, segundo o Senador Roberto Requião, é a mãe de todas as corrupções. Segundo consta, no julgamento desse processo foram utilizadas delações de um doleiro, um tal de Alberto Youssef que denunciou todos os “colegas” que atuavam em lavagem de dinheiro nas operações investigadas. Devem ter ido todos em cana. A CPI foi devidamente abafada e, pelo que consta, o Moro não fez nenhuma questão, à época, de aprofundar investigações sobre os investigados GRAÚDOS que escaparam todos ilesos. Daí, o doleiro, pelos bons serviços prestados, foi posto em liberdade sobre juramento, de mãos postas, de que nunca mais voltaria a delinquir. Promessa feita e desfeita, em seguida. Como ele e seu amigo Moro tinham eliminado toda a concorrência no mercado de lavagem de dinheiro, ele voltou a operar com grande sucesso por meio das operações de contas CC5, criadas no Governo FHC. Essa forma de lavagem com contas CC5 foi muito utilizada para esconder o dinheiro das “comissões” (propinas) arrecadadas pela gangue do FHC nas famosas operações de venda do patrimônio público, praticadas e descritas no livro A PRIVATARIA TUCANA, do jornalista Amaury Ribeiro Junior.

      Desde 2004, o jovem juiz tinha um sonho de realizar uma grande operação que pudesse lançá-lo no cenário do SHOW BIZ e projetasse seu nome em condições competitivas no cenário político nacional. Para isso, era preciso realizar uma operação que deslegitimasse a política, aproveitando uma campanha que os grandes empresários de mídia já realizavam com grande sucesso junto à opinião pública desde os anos 50 e 60, quando derrubaram Getúlio Vargas e Jango, focados na mesma estratégia de inventar e multiplicar escândalos de CORRUPÇÃO.

      “PML: Desde 2004, juiz pretendia operação para ‘deslegitimar’ política”
      http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-moreira-leite-6.html

      Naquele artigo de 2004 ele deixava claro a sua admiração pela operação realizada na Itália que ficou famosa sob a denominação “Mani Pulite” (Mãos Limpas que, de limpas, não tinha nada) e teve efeitos desastrosos sobre a situação política e econômica da Itália que, desde então, nunca mais se recuperou, merce da corrupção desenfreada que caracterizou o Governo de Silvio Berlusconi, eleito na esteira dos desastres da operação “Mãos Limpas. Esse efeito é o mesmo que ele e sua gangue de Curitiba estão pretendendo e realizando contra os interesses do país, que desenhou o seu projeto de independência econômica na última década, graças às políticas de valorização das empresas nacionais, estatais e privadas, no bojo do tripé, inclusão social, desenvolvimento e priorização do conteúdo nacional.

      Quando perderam as eleições para o “poste” indicado pelo Lula, em 2010, a banca da agiotagem nacional e internacional já não suportava mais essa tal de “democracia” onde um bando de gente pobre tem direito a votar e eleger os seus representantes e, de forma inacreditável e inaceitável, insistia em eleger um governo com que se identificava, em vez de preferir os “mais preparados” representantes da Casa Grande. Inconformados com essa situação inaceitável e percebendo que o projeto de país independente seria irreversível a partir de 2016, com a entrada das receitas do Pré-Sal e a maturação dos grandes projetos de infra-estrutura, a agiotagem internacional juntou esforços com os grandes impérios decadentes do Norte para implementar um plano de ação mais contundente na política do país que eles consideram o seu protetorado. As forças do chamado “Soft Power” dos irmãos do Norte passariam a agir com mais intensidade para derrubar o projeto de independência do país emergente, em vias de consolidação.

      Em 2012, as “forças ocultas” do tal Soft Power corromperam toda a Alta Corte do STF, cujos ministros passaram a encenar um espetáculo de teatro rebolado no julgamento da Ação Penal 470, realizando em um verdadeiro mutirão de condenações, ao arrepio das regras do Direito, 55 sessões de julgamento em apenas 4 meses. Em tempo para impactar severamente as eleições municipaís de Outubro daquele ano. Consta que o jovem e ambicioso juiz Sérgio Moro conseguiu uma participação de coadjuvante nesse julgamento, assessorando a Ministra Rosa Weber. Deve ter sido a sua influencia que permitiu a essa Ministra proferir aquele voto em que ela reconhecia a falta de elementos para condenação do José Dirceu, mas decidiria condená-lo, assim mesmo, porque “…a Literatura do Direito…” assim o permitia.

      A partir daí estava formado o abjeto e espúrio acordo de parceria PÚBLICO X PRIVADO entre agentes públicos da Alta Burocracia do Estado e os agentes privados detentores de concessões públicas dos meios de comunicação, organizados em forma de CARTEL em todo o território nacional. Era o arranjo que o jovem e audacioso juiz precisava para por o seu plano de destruição da política em marcha.

      Em 2013, um obscuro movimento estudantil engajado, até então, na luta pela melhoria do deplorável transporte público urbano em São Paulo, que já existia havia cinco anos e fazia manifestações discretas na capital, de uma hora para outra, adquiriu poderes de mobilização extraordinários. O tal do MPL, por estranha coincidência, no primeiro ano do Governo Haddad, conseguiu servir de estopim para um movimento que tomou dimensões nacionais, levando milhões de pessoas às ruas, em protestos que se insurgiram inicialmente contra um aumento de 20 centavos na passagem, para tornar-se em seguida um protesto gigantesco contra “tudo isso que está aí”! Centenas de sites patrocinados sabe lá por quem e de onde surgiram da noite para o dia, conclamando mobilizações em todo o território nacional, com uma certa dose de violência e grande apoio do aparato midiático oligopolizado.

      Em 2013, seguindo o seu projeto de moralização dos serviços públicos, com valorização de recursos e liberdade de ação aos órgãos de fiscalização e controle, por meio de medidas institucionais e estruturantes, o Governo propôs e o Congresso aprovou a

      LEI ANTICORRUPÇÃO
      Presidência da República
      Casa Civil
      Subchefia para Assuntos Jurídicos

      LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013.

      Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.

      Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.

      Brasília, 1o de agosto de 2013; 192o da Independência e 125o da República.

      O advento dessa Lei foi saudado pelos operadores do Direito, como
      Rogerio Cesar Mateus Corrêa
      Advogado e engenheiro. Fundador da Mateus Corrêa Advocacia. Membro da Comissão de Direito Empresarial da OAB/DF.
      “A Lei 12.846 chega como parte do grande esforço nacional (promovido pelo Governo Bolivariano, é bom que se diga) contra a corrupção, além de aproximar o ordenamento jurídico nacional às práticas internacionais desse combate.”

      Leia mais: http://jus.com.br/artigos/26245/lei-12-846-2013-lei-anticorrupcao#ixzz3p6HSB3qy

      Já o jovem e ambicioso e prepotente juiz enxergou claramente no advento da nova LEI a oportunidade que esperava para realizar a sua espetaculosa operação político partidária, junto com a sua gangue de procuradores messiânicos, delegados de “puliça” aecistas, todos subversivos das suas funções públicas, já contando, de antemão, com todo o apoio dos empresários controladores da mídia corrupta, corruptora e chantagista e os inesgotáveis e generosos recursos materiais e de inteligência das Agencias Internacionais.

      A operação Vaza a Jato foi posta nas ruas com grande pirotecnia midiática e foco muito bem definido, em março de 2014, baseada na legislação que ainda nem sequer havia sido devidamente regulamentada por normas complementares.

      Simultaneamente as Agencias de Inteligencia puseram em ação grandes operações de estratégia e propaganda para mobilização da opinião pública com o tema “Não vai ter Copa”, também largamente apoiadas pela grande mídia. Milhares de sites e agentes foram mobilizados para produção de mídia de toda a ordem em apoio a esses movimentos. Com todo o esforço empenhado, em todas as frentes de desestabilização, estava garantido que os candidatos apoiados pelos agiotas internacionais seriam vitoriosos nas eleições de 2014.

      Tanto que, não ganharam as eleições, por muito pouco, mas a guerra eleitoral não terminou até hoje.

    • E a choldra ignara urra e aplaude. Até o momento em que o “estado de exceção” voltar-se com a sua excepcionalidade para cima de algum dos seus ou dela própria, qual o Diabo, sem Deus para lhe impor os limites. Aí vai chorar pra quem? Pobre choldra ignara que se compraz do martírio dos injustamente inculpados como se eles fossem capazes de espiar e aplacar os seus próprios e múltiplos pecados inconfessáveis!! Agem exatamente segundo o comportamento descrito no livro que fala sobre a banalidade do Mal. O que se aplica na Vara desse novo herói do fascismo tupiniquim que finalmente saiu do armário é a negação do Direito Penal. Ou uma forma adaptada do chamado “Direito Penal do Inimigo”, como nos explica um verdadeiro juíz argentino (Eh! Verdade! Na Argentina há juízes!) Eugenio Raúl Zaffaroni.

      “O Papel do direito penal é limitar o poder punitivo (do Estado)”
      “Na medida em que os juízes traem sua função, tornam-se menos juízes, levando a um estado policial em que não há juízes, mas policiais fantasiados de juízes (Barbosa e Moro). Foi o que aconteceu na Alemanha nazista.” (Vale a pena ler essa aula!)
      Eugenio Raúl Zaffaroni
      http://jornalggn.com.br/noticia/papel-do-direito-penal-e-limitar-o-poder-punitivo

  14. A sombra de joaquim

    Por Renato Uchôa (Educador)
    Por Ana Paula Romão (Educadora)
    A direção nacional PT, em maior ou menor intensidade, se alastrando para os estados e municípios, todos eles precisam entender o óbvio. No mínimo sair do sarcófago. Embalsamados faz cinco anos. E, no globo da morte. À barra da direção, quebrada. Os escombros no penhasco. Uma direção irritante, calada, acuada, sem perspectiva de romper o cerco violento da mídia venal para destruir o partido. Cadeia só para preto, pobre, prostituta, e no acréscimo, petistas. Não podemos acreditar só na incompetência. Existe algo mais na conivência. De quebra, da quebra da espinha dorsal do PT. O martelo e a bigorna, utilizados internamente desde a década de 1990, contra as frações. Vem das entranhas. E vão cedendo cada costela nos acordos espúrios com os aliados. Dirceu preso novamente já estando. Nenhum rabisco de frase da Direção contra mais uma arbitrariedade da justiça. Em sendo assim, o bolo de aniversário das elites vem sendo preparado faz décadas. Foi assim no julgamento mais tenebroso da história jurídica em nosso país, AP 470. A humilhação, o linchamento público, a demonização de vários companheiros, escolhidos a dedo para a fogueira. Tem muitos petistas valentes, vestidos de legalidades criticando o Partido. Mas, à época do Mensalão, jogou vários pacotes de fósforos próximos à fogueira, e ficaram assoprando o fogo na queima dos antigos militantes. Condenados sem prova. Não têm as mínimas condições morais pra exigir as mudanças, que se fazem necessárias na condução da defesa do Estado Democrático. De uma milícia do Supremo comandada pelo inquisidor Joaquim Barbosa vai surgindo os filhotes do autoritarismo. Etapa cumprida, mas…, eleição perdida pelas elites retrógradas graças ao empenho de milhões de brasileiros/as, que não optaram pelo silêncio das covas. Lutaram como nunca em defesa da democracia. E vão tocando a marcha fúnebre no bloco das elites, em favor do impeachment, do Golpe contra Dilma. Nunca em toda a história se viu uma inércia dos dirigentes tão assustadora, inaceitável sobre todos os aspectos. Um silêncio que dói nos tímpanos de mais de 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma. Outros milhões que acreditam no PT, que gritam diariamente ao pé da tumba para que a Direção acorde, não faça apenas de conta. Ao contrario de nós, adotaram o silêncio como arma. Que nos açoita e nos deprime. O PT completou 35 anos de luta, de suor e lágrima. Não pode mais, pelo valor histórico, ser patrimônio de um grupo de sonolentos eternos, dirigentes de gabinetes refrigerados, avessos aos movimentos sociais. Dobra a esquina em carreira desenfreada, quando avistam sem-casas, sem-terra, estudantes, índios… É bom lembrar, saborear o bolo que cresceu e foi repartido com milhões de brasileiros, nesse momento de festa, de comemoração de 35 anos de existência. Mas, Joaquim tem um seguidor. É branco, e para a mídia, perfeito na implosão dos princípios democráticos. É o novo herói contra o PT. O Juiz Moro. Informações sigilosas vazam a imprensa na Operação Lava Jato, mais que a água rara nas torneiras dos paulistas. Um dos delatores é freguês do Juiz, de outras épocas. Seletivamente contra o PT. Uma violação criminal na delação premiada. “Legalizada”, planejada, com áudio e tudo mais no período eleitoral para prejudicar o PT. O aparelho coercitivo do Estado, o MP, os magistrados, a polícia, não vão tocar a campainha no 3º Turno. Condução coercitiva nas intimações… A legalidade constitucional vem sendo quebrada nos últimos anos. A Constituição vai sendo reduzida a um pacote de papilina, os fins justificam os meios. Absolutamente ninguém da direção tem a coragem, de acordo com a Lei, pedir o impedimento do juiz raivoso e do ministro Gilmar que soltou o estuprador de 37 mulheres, e agora quer a cabeça de Dilma. Mamãe! tem vários policiais na sala chamando o papai…

  15. Cara Maria Silveira. Nota-se que os agentes integrantes da parte improdutiva da sociedade, instalados na onerosa Alta Burocracia do Estado, no judiciário, MP, PF e tantas outras instituições altamente corporativas e de duvidosa utilidade pública, delegaram as atribuições de definição de conceitos de Ètica, Moral, legalidade e ilegalidade ao PGU – Procurador Geral do Universo. O Ali Kamel que, na verdade, é quem define o que é lícito e o que é crime, quem é virtuoso e quem é criminoso, por meio da doutrinação emanada no JN e o Globo. Esse é o retrato da Esculhambação Institucional em que vivemos desde 2005, agravada exponencialmente de 2012 para cá.

  16. Correlativamente a opinião do excelentíssimo magistrado, ressalvo que as torturas são distintas.O pau-de-arara macula a moral, a delação, a ética. Muitos vitimados, deprimidos, auto-imputaram aos pulsos a lâmina perfurante na tentativa de livrarem-se do peso da perda moral. Bem diferente da limitadora tornozeleira que, em membro inferior, apenas mantém continuados aditamentos de contratos de manutenção nos órgãos de segurança. E, no coliseu romano, era a execução pública da sentença apenada pela “juris” aos rebeldes. Na maioria, cristãos, romano ou não.

  17. E a PGR, no final do dia, solicitou a transferência de Zé Dirceu da Guantánamo de Curitiba….ele deixaria assim as garras do Moro e Cia.

  18. Já vai completar dois anos que assistimos perplexos, dentre tantas notas insólitas do nosso judiciário, o surgimento de uma Vara com jurisdição nacional e supraconstitucional, surgida na província de Curitiba. O STF titubeia e hesita em colocar na voluntariosa rapaziada que lá atua os devidos freios, por motivos desconhecidos. Nesse percurso descobrimos que o juiz, titular da Vara, atua em parceria com o doleiro, principal personagem da aventura, desde os anos 90, no caso Banestado. Descobrimos que ele luta por uma causa, declarada e publicada desde 2004, consistente em “deslegitimar a política”, realizando no Brasil uma mega operação de destruição institucional, seguindo o modelo da “Mani Puliti” encenada na Itália, com desastrosas consequências.
    http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-moreira-leite-6.html
    “PML: Desde 2004, juiz pretendia operação para ‘deslegitimar’ política”

    Uma poderosa concertação de forças oferece suporte para as aberrações que se desenvolvem. Procuradores com aparente e declarada “proteção divina” e policiais federais com apoio terrestre, vindo de fontes inconfessáveis, conforme revelou o diplomata Samuel Pinheiro Guimaraes:

    http://www.brasildefato.com.br/node/32702
    …………………………………………..
    “11. Segundo depoimento do Presidente das entidades da Polícia Federal na Câmara dos Deputados, a Polícia Federal recebe recursos regularmente da CIA, do FBI e da DEA, no montante de USD 10 milhões anuais, depositados diretamente em contas individuais de policiais federais;…”

    A atuação das “forças ocultas” dá sinais de sua presença desde 2012, quando toda a Alta Corte de justiça do país foi corrompida e levada a encenar um espetáculo de teatro rebolado midiático aplaudido por uns e repudiado por outros. Em 2013, do nada, surgiram as “manadas de junho” que, da mesma forma que surgiram, desapareceram. Em 2014, apareceu, do nada, o movimento “Não vai Ter Copa” e a cereja do bolo, a Operação Vaza a Jato e em seguida a fúria pela deposição do Governo eleito. Tudo muito bem coordenado, financiado e amplamente apoiado em fina sintonia com os empresários controladores das concessões públicas de comunicação organizados em forma de cartel. Alguém dirá, certamente, que a constatação do encadeamento lógico desses fatos revela uma visão perturbada pelas “teorias conspiratórias”. Eu penso que “conspiração” passou de teoria à prática desde 54, 64, e está hoje mais atuante do que nunca.

    • Como é possível acontecer essa barbaridade no judiciário,diante de tanta lisura e transparência do executivo e legislativo?

  19. Não acredito, e nem confio em isenção na maneira destas investigações… Acredito sim, em oportunismo com algum interesse ao golpismo de grupos politicos e uma imprensa suja e preconceituosa…
    Depois, onde existe ou existiu ligações de quem estar encarregado a julgar, com pessoas que tem um total interesse que a outra parte se ferre, eu não posso acreditar em isenção!
    A pior parte que sabemos nestes casos, é que a parte prejudicada não possa reverter o caso dos prejuisos morais que tiveram quando a verdade vem a tona!!!
    Deus queira que realmente exista uma verdadeira isenção! Porque se for descoberto qualquer tipo de falcatruas, teremos o último dos três poderes público confiáveis, e que a população ainda tinha como a ultima reserva moral do país, desrespeitado!

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