R.I.P CLÔ OROZCO

A Moda Brasileira sofreu uma grande perda na manhã desta quinta-feira. Morreu Clô Orozco, estilista fundadora da Huis Clos, marca espelho de sua elegância: urbana, atemporal, sofisticada, única! Partindo de silhuetas simples e casuais, com influência da alfaiataria masculina, uma dose de romantismo e excelente trabalho de moulage, a Huis Clos veio somar ainda mais à trajetória da Moda Brasileira ao longo dos últimos 30 anos.

Fica aqui a nossa homenagem para este grande talento, que vai fazer uma falta tremenda e que foi presença festejada no simpático almoço oferecido há dois ou três meses por Regina Martelli em seu apartamento da Delfim Moreira em torno de Paulo Borges, que chegou acompanhado de sua amiga Clô, logo cercada e paparicada por toda a imprensa carioca.

Na ocasião, ela me falou de seu projeto de ter um endereço e um espaço de vendas no Rio. Eu sugeri, em vez de loja em shopping, uma maison em Ipanema, ao melhor estilo Mademoiselle Chanel na Rue Cambon, ela morando no andar de cima.

Clô achou a ideia ótima, abraçou com o maior entusiasmo. Sugeri a vila de Ipanema comprada por Alda e José Paulo Soares, onde Victor Dzenk tem sua loja numa das casas da frente. Clô ficou ainda mais animada. Ficamos de voltar a falar no assunto…

Passei a bola pra Alda, mas acho que a coisa ficou por aí. Uma pena. São os desígnios de Deus! Clô Orozco deixou-nos esta manhã. Ao que parece, partiu por vontade própria. E contra a vontade de todos nós.

Clô OrozcoHuis Clos1 Huis Clos2Fotos: reprodução

5 ideias sobre “R.I.P CLÔ OROZCO

  1. Se foi uma escolha, a morte foi a pior delas. Com muito o que viver e fazer ainda, deveria ter seguido adiante superando os obstáculos da vida. E seguido o seu bom conselho de uma loja à la Chanel, renovando assim a sua vida, profissional, pessoal. Resta-nos a compreensão universal nesses instantes.

    • Ela ficou completamente fascinada pela ideia. Chamou o Zau para falar a respeito, disse que ele iria decorá-la. Chamou o Paulo Borges para falar, toda entusiasmada. Viu que era uma possibilidade, até porque seria uma opção charmosa e muito menos onerosa do que esses shopping mega, que se tornam praticamente “sócios” do negócio, dando em troca apenas o espaço. E quando eu falei do apartamento tipo o da Chanel no andar de cima, dela recebendo, no coração de Ipanema, pertinho do Gero, para jantares classudos, os artistas e intelectuais da cidade, seus olhinhos brilharam, era tudo o que ela queria. A cara da Clô. E ela tinha muito o carisma chic de Chanel.

      • Fizeste a sua parte estimulando-a, inspirando-a a desejar, querer, sonhar, meus parabéns a você por isso. Ela com a bagagem de toda uma vida poderia ter prosseguido e concretizado mais esse sonho. Que ela prossiga o seu caminho perante a eternidade, siga em paz.

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