PORQUE OS FOGOS DE COPACABANA SE TORNARAM O GRANDE VILÃO DO RÉVEILLON CARIOCA!

fogos copaFogos de Copacabana na noite de 31 de dezembro

“Eu quero ver você correndo atrás de mim…”
“Ai se eu te pego, ai, ai se eu te pego…”
“Eu gosto quando fica louco, eu já tou cheio de tesão, e cada vez eu quero maaaais uísque com água de côco, pra ficar maneiro cada vez eu quero maaaaaaais…”
“chega que a bunda desce até o chão, chão, chão, chão, chão, chão…..!”

Desde a manhã deste dia 31 esse repertório da pior, pioríssima qualidade, no volume máximo das poderosas caixas de som instaladas a plenos pulmões, reverbera na Avenida Atlântica diante de hoteis cinco estrelas.

Agora, coloquem-se na posição do turista de bom gosto ao qual está sendo imposto esse repertório de quinta.

Ponha-se na posição de um idoso que quer dormir durante o dia para estar em forma à noite para assistir ao show dos fogos.

Veja-se na pele de alguém enfermo, na orla de Copacabana, onde não adianta sequer fechar todas as janelas que o som é tão alto que os vidros tremem, vibram, com o risco de trincar.

Coloque-se no lugar de um religioso umbandista (eu sou católica apostólica romana, mas não faço restrição a qualquer religião e consigo ver o belo em todas elas), que vê a data e o local de seu ritual por tradição, o dia 31 de dezembro nas praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, onde as oferendas há quase um século eram entregues a Iemanjá, serem enxotados para outras praias e outras datas mais distantes, por conveniência do populismo político e do comércio publicitário e da mídia, em detrimento da própria cidade.

Pois o turismo dito “qualificado”, na cartilha das agências, sempre amou aquele ritual da Umbanda brasileira, a beleza única no mundo das areias de nossas praias pontilhadas com velas acesas e flores brancas plantadas, demarcando os círculos de dança, e barquinhos cheios de oferendas mimosas para a Rainha do Mar, que as ondas rendadas engoliam suaves, num folclore, num misticismo ondulante, que escrevia a história de nossa cultura popular.

Daquela tradição da noite do 31, só restaram as roupas brancas. Sim, é por isso que os brasileiros usam branco na passagem do ano. Único povo no mundo a cumprir esse costume. Por causa de Iemanjá e os orixás, que ficaram pra trás e viraram coadjuvantes nesse espetáculo em que já foram estrelas e hoje o que brilha são as caixas de som, os fogos nas balsas, os patrocinadores, os pagodeiros, as músicas de carnaval (e nem no carnaval estamos).

Os hinos bonitos, os cânticos, as palmas, as cirandas, as danças na roda, as orações… ah, isso existia? Deixa pra lá!…

A justificativa para afugentar toda aquele beleza branca religiosa, tosquiada pelos fogos que agora explodiam junto às saias das baianas rodopiando sua fé, foi de que as flores poluíam nossas praias. Preferiram a poluição das latinhas de cerveja, das garrafas pet e da poluição sonora. Quem diria!

Deram prioridade, isto sim, ao popularesco fácil, ao dinheiro das propagandas, à estratégia apelativa pelo voto da massa, sem qualificar nem instruir nem se esforçar para mostrar ao nosso povo o que ele tem de verdadeiramente encantador em suas raízes…

Preferiram fazer espocar em nossa cara os néons sem vergonha das marcas multinacionais, como se fosse aquilo a lindeza.

E nossos artistas vendendo sua alma. Os melhores deles. Porque, se assim não for, sequer comem, sequer sobrevivem, sequer luxam, sequer exibem seus relógios e cordões de ouro, suas bolsas grifadas, suas casas de Caras, seus aviões privés…

E depois brincam de serem nacionalistas e de cultivarem raízes brasileiras em programas de TV glamurizados e  fosforescentes. OportunArtistas…

São prefeitos, não os de hoje, mas os de ao longo de décadas, que se voltaram contra o interesse de nossa cultura na sua forma mais pura e bela, contra nossa população e contra nossos frágeis tímpanos.

E nossos vereadores, a que nível chegaram, meu Deus! Não há sequer como dialogar com eles. Em que idioma? Em que dialeto?

Porém, a opção do Turismo do Rio de Janeiro há algumas décadas, como se viu, foi a do turismo estrangeiro predador, que pouco gasta, compra em camelô, frequenta quiosque, barraquinha e botequim. Aquele turista que deixa dólares de fato, não interessa, pois não anda em par com o habitante culturalmente pouco atendido da cidade e a estratégia é matar dois coelhos de uma tacada só: contemplar o turista e, ao mesmo tempo, o cidadão votante, a massa. Sem se esforçar em proporcionar a este cidadão uma programação realmente de alto nível e sem somar para a cidade. No final, o show quem faz de fato é o povo mesmo, com sua energia boa, seu encantamento, sua roupa branca, sua vibração.

E como os turistas endinheirados de que falei acima, aqueles que gastam e geram divisas (como fazem os brasileiros que deixam bilhões no exterior), que frequentavam o Rio no tempo em que a cidade era um luxo, lamentam o fim de nossos antigos Réveillons…

Os fogos na passagem do ano, um achado tão bacana, acabaram se tornando o grande vilão dos Réveillons do Rio, pois foi a partir deles que nossa noite de 31 deixou de ser uma manifestação mágica, encantada, única e se tornou um grande mafuá…

O chato de ter vivido o passado é poder compará-lo com o presente…

 

61 ideias sobre “PORQUE OS FOGOS DE COPACABANA SE TORNARAM O GRANDE VILÃO DO RÉVEILLON CARIOCA!

  1. Bom… Depois, de um ano em Minas Gerais, estarei retornando ao Rio de Janeiro, e de preferência, antes do Carnaval. A minha escolha se deu, depois que constatei de corpo presente, o grande desastre e crime ambiental nas terras de Mariana. Procurei terrenos para a construção de uma bonita casa para passar, o que resta dos meus últimos dias. Mas…. mas… depois do tsumani de lama que cobriu grande parte, do que poderia ser de toda uma zona sul carioca, comecei a me questionar, se não seria melhor, enfrentar o réveillon, os megaeventos, as obras do Dudu Maravilha, os congestionamentos, as praias poluídas, a poluição do ar e aturar a cara do Pezão. E pesando os prós e contras na balança, e olhando ao redor, pois, sobre a minha cabeça, uma barragem ameaçada de estourar, em que muitas cidades e vilas são cercadas por várias mineradores, e então, optei por retornar ao Rio de Janeiro, para a minha velha e boa Copacabana. Até breve!!!

  2. Bom… Minha querida Hilde e estimados comentaristas. Fiz as malas e desembarquei em Minas, na terra do Aecim… Bom que a cidade interiorana foi fundada há 20 anos. Não tem patrimônio antigo há ser preservado, a não ser o morro do Rola Moça e algumas fazendas com as suas cachoeiras. Dois ônibus que passam de 1 a 1 hora, com o custo de R$ 5,00 para BH. Só tem uma padaria na esquina da minha rua. Alguns bons restaurantes nas redondezas, um supermercado com produtos orgânicos que não tem a sacolinha plástica e reduto de várias marcas de cervejas, sendo os seus proprietários em sua maioria estrangeiros que gostam de um bom Heavy Metal. Bom que posso beber com a maior tranquilidade e em boa companhia, sem medo da AMBEV e sua insistência em colocar o milho transgênico na loura gelada. Acordo com o canto do galo e o dia inteiro com a presença de diversos pássaros no quintal. A vizinhança que gosta de saber de sua vida e se você pode alugar o seu apartamento em Copa para as festas comemorativas. Eles adoram o bairro de Copacabana sem conhecer. E assim é Minas, o teu vizinho pode ser um ex- Sem Terra ou um Juiz. Acho que ficarei por um bom tempo por aqui, ou talvez, os últimos dias que restam da minha vida de preferência sem sotaque mineiro. Bye Bye Copa. Bye bye Mundo.

  3. e por que será que em ipanema e leblon não tem fogos, hein???
    Por que será… Se fosse há 50 anos copacabana nunca teria esse entretenimento de massa promovido pelo governo, porque naquela época copacabana vivia seu auge, e era lá que moravam Os poderes!
    Mas hoje não. Mora gente rica e poderosa, mora! Mas mais idosos e aposentados, influentes de outrora!
    Hoje Os poderes moram no eixo lagoa, jardim botanico, gavea, ipanema e leblon! (e uma incipiente na Barra)Por isso que lá não tem todo o rebuliçio de gente do povo nas praias de ipanema e leblon, porque o governo nao vai promover entretenimento do povo no bairro deles!
    apenas um exemplo bem isolado e pontual: sérgio cabral mora num apartamento na delfim moreira!
    ora, ora, ora…

  4. Juliana.

    Entendo muito a sua preocupação. Mas não devemos mais nos chocar o que se assiste, diariamente, nos meios de comunicação. O Brasil não é um País perigoso. O perigo são as nossas instituições públicas “democráticas”. O Brasil se torna a “Casa da Mãe Joana” que tudo acontece no susto, no sobressalto e na falta de vergonha na cara. Devemos, levar a sério um País com tantas peculiaridades? É viver e relaxar.

    Na grandiosa festa, estará a caminho na virada do ano 2014 na praia de Copacabana, a manifestação dos garis, que provavelmente, cruzarão os seus braços quanto da limpeza dos resíduos sólidos que os próprios turistas nacional e internacional deixarão nas areias e nas águas da nossa da tão espoliada e degradada “Princesinha do Mar”. Dizem que a paralisação será até o seu dissídio coletivo que é final de fevereiro, véspera de uma outra megalomaníaca festividade.

    Mas o show tem que continuar, nem que seja pelas 26 toneladas de fogos de artifícios que embelezarão o céu. O Show tem que continuar para que se mantenha no Guiness a permanência de 2 milhões de pessoas em um perímetro de um pouco mais de 4 quilômetros. O Show tem que continuar no reino do “toma lá, dá cá”.

    E enquanto isso, uma outra surpresa maior virá nos jovens Black Bloc´s, os Anonimous e outros grupos com rompantes de revolta que não sabemos quem são e quais são as suas verdadeiras intenções. Acredito que a imprensa mundial ajudará a jogar mais M… no ventilador para o Mundo, e depois, dizer, “Que País é este?” Presenciaremos a massa humana acreditando que o amanhã será melhor que o ano que passou. E nada é tão ruim que não possa piorar!

    Esse será o nosso ônus a pagar da tão afamado e mal afamado bairro que um dia uma santa boliviana deu o nome de Copacabana.

  5. Vou a Copacabana “tentar” participar da passagem de ano pela primeira vez, e estou com medo! Passei os últimos meses em Auckland – NZ e as pessoas me perguntavam:O Brasil é mesmo tão perigoso como dizem?
    Difícil responder…difícil explicar como é a vida em um país imenso e cheio de nuances.
    Em vista do que vivi só posso concordar que é. E pela primeira vez, sinto mais receio de viajar a outro estado do que de atravessar continentes e arriscar uma vida nova em outro país.

  6. De acordo com o blog Diário do Rio a festa de réveillon vai custar R$ 15 milhões e será bancada pela Prefeitura do Rio e patrocinadores. Tendo a cargo para a organização do evento a SRCOM, diga-se Globo Entretenimentos.

  7. Pela parte que me toca, como uma moradora há mais de 60 anos e ex-presidente de uma associação de moradores do bairro de Copacabana, não posso me furtar de falar alguma sobre a questão do réveillon. O réveillon do passado, veio através da iniciativa popular. Assim, como o Carnaval e outras festas regionalistas. As pessoas vinham para jogar flores, rezar, agradecer, fazer pedido a Iemanjá e tomar passe com os umbandistas e candomblecistas, com bem disse a Hilde. E isso nos foi tirado, pela rede de hotelaria e a Prefeitura que puxaram para si o direito de fazer uma festa de confraternização como se fosse deles. perceberam que se juntar o útil (o povo) e o agradável (poder econômico) abrilhantaria mais a festa.

    Pessoas que não são do bairro, geralmente, têm a premissa de criticar, por acharem que os que são contra são elitistas e burgueses por morarem num bairro afamado, internacional, e que não gostam do povo. O bairro de Copacabana é o bairro mais popular e democrático do que qualquer bairro, não só da zona sul, como da zona norte e da zona oeste. Pois, se eu for para algum bairro e fazer o que fazem com Copacabana, como urinar e defecar na rua, nas calçadas e nas areias, depredar, poluir etc. e tal, acredito que nenhum morador gostará.

    Quando, depois da construção do Estádio do Engenhão, começaram as partidas de futebol, um líder comunitária do Engenho de Dentro me disse: “Cristina, agora entendo, a sua queixa sobre a degradação ambiental do seu bairro depois dos megaeventos. O Engenho de Dentro nunca recebeu um grande número de torcedores, e quando aconteceu, foi um caos que tanto os comerciantes e os moradores amargaram à noite inteira o pesadelo do quebra quebra dos patrimônios público e privado. E eu só pude dizer-lhe: ” Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

    Quanto a colocação do Val a respeito dos moradores e a associação de se organizar, há muitos anos temos debatido junto ao Ministério Público Estadual e Federal a questão da massificação que vem destruindo a nossa Urbe gradativamente com os megaeventos musicais. Se não notaram, diminuíram drasticamente, pelas ações civis e dos abaixo assinados. E apesar de todo o empenho dos MP´s não só com a diminuição dos megaeventos, mas que também tem o Termo de Ajustamento de Conduta para prover uma maior segurança, médico e o bem estar a todos que vão assistir aos Fogos sem nenhum prejuízo quanto a sua integridade física. Mas não existe nenhuma medida compensatória que permita equilibrar os eventos e suas consequências nocivas ao meio ambiente urbano. Após o brilho e o glamour, só restam muita sujeira e trabalho para o bairro.

    Infelizmente, o pensamento dos detentores do Poder é vender a imagem da cidade, sem respaldo necessário em minimizar os transtornos e aborrecimentos de um bairro sitiado. E quem paga o ônus da fama? Certamente não são a Prefeitura, os seus sócios e os cantores, mas, sim, a população nativa que nada pode fazer, a não ser pagar pelo aumento de seu IPTU do ano que se inicia.

  8. É difícil engolir um comentário que mostra preocupação com o desconforto das pessoas no calçadão de Copacabana se a senhora, como sua vista privilégiada do Copacabana Palace, não esteve entre eles para saber realmente a festa perdeu o seu sentido. Mas, aposto que a conversa entre uma taça e outra com o Prefeito Eduardo Paes foi mais interessante.

  9. rsrs… até concordo com alguns pontos, mas colocou-os de forma soberba. Engraçado, porque essa falta de cultura da população carioca ocorre justamente porque Copacabana é um oasis de riqueza ao redor de favelas, o qual as pessoas não tem acesso à cultura de verdade, apenas a funk. Reclamar tomando espumante é fácil, difícil é enxergar a realidade por trás de tudo, do que essa gente sofre. Quer dizer que pessoas “não-qualificadas”, o que entendo por pobre, não podem frequentar Copacabana? Quem não tem dólares, turistas brasileiros de outros estados, não geram divisas para a cidade, portanto não merecem a hospitalidade do carioca? Achei um tanto ofensivo o texto. Turistas estrangeiros não geram divisas pra cidade, geram divisas pro dono de restaurande, o dono do hotel que mora em Copacabana. E esse dinheiro nunca será investido em acesso à cultura da população marginalizada da favela, tudo com apoio do governo.
    Eu ficaria triste se Copacabana fosse um cercadinho fechado para a elite, um lugar tão bonito sendo desperdiçado por gente que não sabe respeitar a diversidade cultural. Reclamar da falta de cultura do favelado pode, mas levar cultura pra favela ninguém quer, afinal, se o favelado não for favelado, não existe elite… triste…

  10. Hildegard você é de esquerda, mesmo???
    Uma senhora que toma pró seco com Rivotril pra enfrentar melhor a vida, se diz politizada e de esquerda, tem uma visão bem interessante do que é cultura, não?! Pobre não toma pró seco, mal sabe o q é Rivotril, enfrenta a vida com o q ela mesma oferece e é feliz! Concordo só em uma coisa com a senhora, tirem essa pobretada inculta de Copacabana, essa gente pobre (e podre) de espirito, q acha q a riqueza deles é a única cultura que existe no mundo, e costuma beber e rir na sacada do Copacabana Palace juntamente com a senhora.

  11. Hilde querida !!! parabens pelo texto e observações , acho que não ficou sabendo que as tais entradas e saidas de copacabana , somente abriram depois das 6.00hs da manhã , a gente voltando da gávea tivemos que esperar para entrar no tunel velho que entra na Rua Siqueira Campos . Obgada pela oportunidade de poder comentar, Um beijo feliz 2013 . TSodre

  12. e que se lasque o fumaça tóxica da queima dos fogos e do barulho que causa a morte por desespero de animais, principalmente as aves, e viva a vida de gado, povo marcado, povo feliz!!!!!!!!!!!!!

  13. Senhora Hildegard, exemplo do que há de pior na fétida cultura da burguesia decadente da Zona Sul do Rio, seu saudosismo chega a dar dó!
    Se não tomou ciência, passe a tomar, pois esta, a cultura do funk, dos negros e mestiços, dos pobres enfim, é a cultura carioca de “raiz” (se isso, antropologicamente falando, existe).
    O que vc deseja não é retorno de um turismo de “alto nível”, mas o afastamento das massas de um território, que ao seu ver limitado, pertence a elite branca (e fétida, como tudo que provém do Velho Mundo), habitante do lado de lá do túnel.

      • Hidelgardangel, você é muito corajosa de escrever tudo isso. Concordo com você em número, gênero e grau. Já morei em Copacabana, na Rua Belfort Roxo, faz muitos anos vim morar em Sta. Catarina. Naquela ocasião era assim mesmo como você descreve, menos gente, o espaço dava pra todo mundo ver com conforto a queima de fogos. Mas infelizmente tudo isso se popularizou tanto que não tem mais espaço nem para se andar. Há dois anos atrás, minha cunhada que mora em Copa, se perdeu no fim de ano dos parentes e levou quase 1 hora para voltar pra casa só desviando do tráfico de pessoas, a duas quadras da casa dela. As músicas boas que se ouviam nas rádios, incluindo Tom Jobim, Vinícius e etc.. pode esquecer, infelizmente. Fica no entanto registrado que adoro você, o que escreve é muito inteligente e só podia ser filha de quem é, para ser tudo isso, principalmente corajosa.

  14. Passar o Réveillon em Copacabana é muito bom pra quem não é morador do bairro e não tem que conviver com os preparatórios (trechos da praia interditados por causa de construção dos palcos, caminhões subindo pelas calçadas e no calçadão, muito entulho da infra estrutura dos palcos e torres, etc), a “muvuca” do dia (já explicada pela Sra.) e o que fica para os dias seguintes: muita sujeira, mas muita sujeira mesmo, além dos bêbados dormindo pela praia…

    Realmente, se eu fosse turista, e fosse a praia depois do Réveillon eu pensaria duas vezes se voltaria a Copacabana…

    Vamos ver o que vai ser da Copa e mais, o que vai ser das Olimpíadas…

    Abraço
    Feliz 2013!

  15. Por me lembrar muito bem dos “velhos tempos” escolho nao ir ao Rio nesta época mais. Prefiro guardar as memórias que tenho de jogar flores no mar para Yemanja..
    Fogos,musica e shows o mundo todo tem.
    O nosso património era a festa de Yemanja.
    Nao suporto a poluição sonora neste pais.Todos podem ouvir as musicas que querem desde que respeitem o próximo.
    Imagino os moradores da Avenida Atlantica. Que também sao cidadãos do Rio e pagam seus IPTUs. Pessoas mais idosas,doentes,crianças,ou simplesmente mortais que talvez queiram paz dentro de suas casas.
    Nao vem ao caso “ricos,pobres,cultos ou incultos ou a qualidade da musica”.
    O volume que somos obrigados a suportar e uma coisa inacreditável.
    Falta de civilização .Falta de respeito ao próximo.

  16. Como isso e uma vez por ano e estão cientes do que ocorrerá, podem e devem ir para outros lugares onde isso não ocorra.
    Quando ao comentário da musica concordo, mas não imagino uma festa tão popular tocar musica clássica ou MPB tipo Bossa Nova, seria como ir ao Vaticano e não ver o Papa…

  17. Hilde, querida, batalhadora!

    Corajoso texto, corajosa vc sempre.

    Só gostaria de resumir assim: os estrangeiros vêm ao Brasil seduzidos pelo romantismo da bossa nova e se encontram com esse despautério, pra não voltar nunca mais.

    Mas o carioca tem uma grande parcela de culpa nisso. Basta pisar um estrangeiro, só sabe levar o pobre pra subir favela, fazer turismo com a fraqueza alheia. E vá reclamar e criticar pra ver o que te acontece! Vc é que vira o malvado da história.

    A maioria dos cariocas infelizmente aceita e veste o marketing que vendem sobre eles, e assim passam a vender-se segundo esse marketing, sozinhos. Aí fica fácil.

    Ano passado fui a Copa pela segunda vez, a primeira havia sido 10 anos antes. Que horror! Passei espremida contra uma parede na calçada, praia eu nem vi, e olha que nem saia disso de areia para poucos permitidos.

    Esse ano desisti.

    Lamento.

  18. INFELIZMENTE FLORIANÓPOLIS ( minha TERRA que AMO MUITO….) ESTÁ INDO P/MESMO CAMINHO. PARABÉNS POR SER E CONTINUAR SENDO HILDEGARD ANGEL MUITO VERDADEIRA….UM FELIZ 013. BJOS MILLLLLLLLLLL ANNA

  19. Hilde, texto brilhante esse e, ao mesmo tempo triste de ver no que o Rio de Janeiro está se transformando nesses períodos!!!!LAMENTÁVEL!!!!!!

  20. Hilde, seu artigo é brilhante. Sou paulista, umbandista e amo o Rio de Janeiro. Por isso mesmo, não vou mais. Quero ter recordações lindas dos reveillons que curti em Copacabana e não o que vi nos últimos anos em que fui. Costumava trazer amigos estrangeiros ou convidar familiares de colegas do meu marido, do Chile ou da Argentina, alardeando a melhor virada de ano do mundo. Todos ficavam encantados, pediam para voltar e era um auê arrumar lugar, fosse em hotéis, casas de amigos ou flats. Já chegamos até a dormir na areia mesmo! De três anos pra cá, nada mais de Rio. Decidi então fazer as pazes com a Cidade Maravilhosa: para continuar com esse nome, deve ficar só em minhas lembranças.
    Beijos e obrigada pelo texto e pelo espaço para o desabafo.

  21. Acho que este é um fenômeno que está ocorrendo em todo o litoral brasileiro, “a bregarização” das praias. É a globalização dos maus modos, da bebedeira à luz do dia, incentivada por letras de músicas que falam em porre, bebedeira em posto de gasolina, acordei não sei aonde etc, combinadas com músicas apelativas do tipo te pego, te como e sei lá mais o quê… Nesta onda, mulheres semi nuas se agarram com tipos sem camisa, em um troca troca de parceiros que me lembra Sodoma e Gomorra, foi nisto que a virada do ano se tornou. As pessoas se comportam como se não houvesse amanhã. E quem paga a conta? Nós, que pagamos alguns dos IPTUS mais caros do mundo para morar onde moramos, que trabalhamos muito para ter os imóveis que temos, apesar de sermos explorados pelo IR mensalmente. A todo fim de semana, nossos bairros são invadidos por bárbaros em seus carros turbinados com som alto e canos de escape aberto. Gritaria nas ruas, uso de crack, gente fazendo suas necessidades na areia da praia e lixo jogado nas areias e calçadas. Não sou contra a festa, que é linda e emocionante, mas sou contra o exagero e o mau comportamento desta nova geração brasileira, que vem sendo incentivada pelos grandes interesses econômicos, que por sua vez querem lucrar não importando o quanto fomentem a poluição ambiental e sonora.

  22. Perfeito!!!
    Concordo com tudo!!!
    Ontem este texto foi muito compartilhado no Facebook, ele é de Val Eri, e fez muito sucesso!!!

    SOS…

    Uma nuvem de gafanhotos-Humanos tomou Copacabana…criaturas gordas saindo de todos os buracos com compras de comida e bebida…de sungas e biquinis a ostentar suas banhas sedentas e despudoradas impunemente …filas eternas e intermináveis…eles tomaram todos os lugares, desde prédios, bares (onde arrotam cervejas quentes e outras coisitas mais), supermercados (acabaram-se os ovos de Copacabana, e olha que aqui não falta galinha para pô-los), farmacias e …. a devastação de sua fome e sede insaciáveis se pode ver pelas ruinas de embalagens jogadas nas calçadas, ruas, areias enquanto as latas de lixo resistem vazias aos vandalos terríveis que aportam de todos os lugares do mundo…Até as prostitutas e os travestis estão esbaforidos, sem dar conta de todos os new clientes…SOCORRO!!!!!!!!SOCORRO!!!!!SOCORRO!!!!!!!! Amanhã junto com o lixo, garis terão de recolher na praia os corpos desacordados desses Gafanhotos-Humanos totalmente solapados pela desmedida…e o bairro estará lavado pela urina alcoolica desta espécie do inferno!!!!!

  23. Parabéns pelo texto!
    Parabéns pela lucidez e coragem!
    Feliz Ano Novo e muito Axé para você!
    João Marcelino

  24. Acho que pra apreciar um espetáculo de fogos na passagem de ano,as pessoas não precisam pagar um preço tão alto,comprometendo sua saúde auditiva e estressando-se o dia todo por ser OBRIGADA a ter que escutar esse “lixo musical”todo…Acho que a exasperação e o estresse das pessoas por ter que ouvir isso o dia todo, lhes tira o interesse pra verem os fogos e o que mais elas querem,pelo menos as mais sensíveis,é fugir dali pra bem longe….Acho isso um grande tiro no pé dos organizadores,pq por mais que as pessoas não tenham discernimento do bom ou do ruim,é impossível elas quererem ouvir o pior do pior o tempo todo.

  25. Concordamos em gênero, número e grau. É isso mesmo, dito de maneira inteligente como você sabe fazer tão bem. Que 2013 seja ” O ano das maravilhas 2013″. Bangel x Vera.

  26. Hilde, acho as piores coisas terem proibido as flores e as oferendas e as caixas de som, obrigando a todos a este som insuportavelmente alto e de péssima qualidade tocando o dia inteiro. Uma lástima.

  27. Hilde!!!! Feliz Ano Novo! \o/
    Concordo com você em gênero, número e grau! E isso já não é de hoje – quando minha mãezinha estava acamada, a esquina da Miguel Lemos colocou um trio elétrico e o som ia todo para o quarto dela. Alvaro desceu e, gentilmente, pediu para que diminuissem o som. Quase foi linchado – não só pelos guardas municipais como pelas pessoas que ali estavam, dentre elas, um idoso.
    Minha sorte foi ter colocado uma janela anti-ruído em meu quarto – fico trancada nele com meu marido e nossos cachorros, split ligado e fogos pela tv só para ver a hora de eles acabarem.
    Minha vontade de ir embora daqui a cada dia aumenta mais e mais! BraZil never more! Falta pouco e vamos embora deste país onde ninguém respeita ninguém.
    Hoje pela manhã, como faço habitualmente, desci com meu cachorro – ruas IMUNDAS, cheias de cacos de vidro, garrafas pelo chão e gente enlouquecida ainda nas ruas.
    E… para nossa felicidade – não podemos nos tranquilizar! Carnaval vem aí e, como Copacabana é o “pinico” do Brasil, lá vamos nós ter que aturar tudo de novo – passeatas, carreatas, procissões, bandinhas medíocres e sujeira total.
    Tudo isso sem dizer que somos NÓS quem pagamos o IPTU daqui e nem ao menos temos direito de usufruir o que é nosso!
    Apoiada. Fica meu protesto também e o beijo em vc e em seus familiares!
    Beijossssssss
    Mel

    • Corretíssima!

      E o pior… querem MESMO tirar vocês daí a preço de banana e revender a preço de ouro negro!

      Resistam, se é que é possível!

  28. Excelente texto!
    Estou ficando cada vez mais indignada com o que está sendo feito na cidade em nome da tal “cultura popular”.
    Parabéns

  29. Concordamos em genero numero e grau. Copacabana virou um verdadeiro mafua lamentavel. Profumdamente lamentavel.

  30. Fico feliz em saber que não estamos sós, as praias do sul não estão diferentes…carros tunados com musicas de´péssima qualidade, vergonhoso! País do vale tudo. Muito bem colocado…que saudades do que fomos…e não somos mais. A sociedade se vulgarizou, mas dizem os entendidos que ficou menos hipócrita. Nossa, será? Mas a esse preço? Abraços festivos!

    • LAMENTÁVELMENTE ACONTECE JUSTAMENTE PORQUE GRANDE MAIORIA DO POVO ACHA NORMAL NÃO RESPEITAR O PRÓXIMO …ANTI CULTURA …

  31. Ora bolas Hildezinha… Voce sabe muito bem que turistas europeus e norte-americanos não entendem patavina de português e a esmagadora maioria deles faz questão de não entender nossa língua. O povão brasileiro, por outro lado, gosta deste tipo de música. Vem dai a correção da elite hoteleira em escolher tocar justamente estas musicas. A tigrada da grana mata três coelhos com uma só tacada: alegra o povão para mante-lo longe da idéia de revolução, tira um sarro dos turistas além de tirar a grana deles e deixa os intelectuais de esquerda atordoados e com raiva da programação musical. Sua reação confirma que o plano da tigrada da grana deu certo. No Natal que vem prometo mandar-lhe protetores auriculares tipo plug.

      • Me descupe, mas quem vive de passado é museu e Copacabana precisa melhorar, está ficando velho demais!

        De tão velho, as pessoas que ali moram estão pensando em se mudar!

        Esse trechos de musicas dita acima, são as que estão fazendo sucesso, então tem que respeitar, me descupe mas, vcs são muito preconceituosos!

        • Me desculpe, Gilvan, mas tomei a liberdade de corrigir seus erros de português para a melhor compreensão de seu texto
          Feliz Ano Novo!
          Hilde

          • Desnecessário esse seu comentário….agora desista, o povão chegou pra acabar com a alegria de vcs queridos burgueses. Podem começar a chorar viuvinhas….começando pela senhora.

          • Marina,

            Se você achava o comentário de HA desnecessário, fique tranqüila. Você conseguiu superá-lo.

            Um país que não almeja a nada mais que o mercado, a cultura baixa (e com isso não me refiro à popular, que é linda) e não tem tradições e ainda por cima destrói as que tem (e nem estou falando de macumba em praia, hein) é um país fracassado.

            Aliás, com “cultura baixa” já estou elevando consideravelmente o verdadeiro nome disso.

            Mais triste que o que é, na sua opinião, um burguês chorão, é um pobre de espírito, coisa que independe de ser pobre por circunstâncias. Pobre que sequer almeja ser um burguês na ilustração, pois isso sim é um valor. A cultura hoje é mais acessível do que jamais foi, com internet etc etc. Portanto, ser pobre não é desculpa para NADA (mas infelimente no Brasil, é! E seu comentário confirma isso) Eu também nasci na classe baixa e talvez esteja enla até hoje, mas sou uma pessoa ilustrada.

            Com seu comentário vc apenas reforça o clichê de que “pobre é assim mesmo”, “pobre gosta disso”. E meu bem, você está errada E COMO!!!

            As pessoas no Brasil gostamd e qualidade SIM. Os turistas, que pelo menos venham os que gastam boas quantidades de dólares TAMBÉM. E ninguém, refinado ou não, agüenta oq ue se tornou esse reveillon.

            Se VOCÊ agüenta, repense. Deveria estar muito, mas muito preocupada com seu nível cultural, intelectual e com sua concordância ao leilãoque se está tornando o Rio. E não só ele.

        • SUCESSO PARA VC ….QUE DEVE TER FREQUENTADO AS MELHORES ESCOLAS E APRENDIDO MUITO EM RELAÇÃO A CONVIVENCIA SOCIAL …..JURK ASS

    • Acho que pra esse tipo de lixo sonoro nem os mais potentes protetores auriculares que o Sr tão gentilmente oferece a Hildegard,resolvem o problema…e olha que não precisa ser uma inteletual de esquerda pra se exasperar e odiar tanto esse lixo,no pior sentido da palavra,basta ter um mínimo de sensibilidade e respeitar a saúde auricular de seus próprios tímpanos…

  32. Concordo com vc …realmente lamentável…uma pena terem deixado de lado as raízes, uma coisa que era tão bonita virou esse mafuá , que quem mora em Copacabana , não pode nem sair de casa nessa época …um feliz ano novo !!!

  33. Hilde, minha querida. Antes de tudo preciso dizer que ninguém escreve como você. Você tem uma doçura tipicamente mineira e mesmo quando fala das suas dores ou dos problemas do Brasil ou do Rio tem uma poesia deliciciosa, parecem versos de Manuel Bandeira, ou Fernando Pessoa, ou ainda Luís Fernando Veríssimo. Entretanto, preciso expor minha opinião sobre este texto. Sem dúvidas que as praias da Zona Sul do Rio tem se torna insuportáveis de serem frequentadas, ainda mais no reveillon. Porém não podemos esquecer que o sol nasce pra todos. O mais bonito de se ver em Copacabana é que todos somos iguais. É de arrepiar ver príncipes e plebeus, famosos e anônimos, zona sul e jardins ao lado de morro e favela. Todos, uma multidão. Milhares, senão, milhões de pessoas, em silêncio por minutos, assistindo a um espetáculo feito pelos homens num cenário feito por Deus. Todos deslumbrados, boquiabertos, mudos, embasbacados. Cada um naquele momento faz seu pedido, apresenta seus sonhos, renova suas esperanças. É um momento único, jamais vi nada igual. E pra mim, nem mesmo as garrafas pet, as músicas inaudíveis e barulhentas ou qualquer outro incoveniente tira a beleza desta festa.

    • Querido,
      Obrigada pelos elogios, pela maneira gentil como você iniciou seu comentário para abordar o principal.
      Eu achava tudo isso, mas, a cada ano eu, que assisto a todos os Réveillons, venho testemunhando o declínio desse espetáculo. Primeiro, acabaram com a macumba, que era o princípio e a razão de tudo isso. Depois multiplicaram os tais palcos, as caixas de som, a ocupação da praia, cada vez sobrando espaço menor para o povo, que tem que se restingir a andar pela calçada e no asfalto.
      E o repertório sofrível e desrespeitoso das caixas de som o dia inteiro desesperando as pessoas. A voz e a conveniência dos patrocinadores se sobrepondo a qualquer outro interesse. E a falta de transporte, as dificuldades de acesso.
      Realmente, o que há de belo é ver a multidão em uníssono. Incomparável.
      As praias cheias no fim do ano não me incomodam, a praia é pública, é para todo mundo, e assim deve ser.
      Acho um absurdo a praia cercada, onde só pode fincar a barraca quem o segurança permite, como já começa a acontecer diante de alguns hoteis no Rio de Janeiro. Uma vergonha, isso me revolta e ainda vou escrever a respeito. Na Europa, a praia virou praticamente um lazer pago para todos, devido a isso. A praia é do povo e ninguém tasca.
      Por isso reprovo, no Réveillon do Rio, a praia tomada pelos patrocinadores, palcões, caixas de som…

    • Adorei o comentario do Marcos Dangelis,quem nao esta satisfeito vai pro Alasca ver se consegue assistir a Aurora Boreal.

    • Concordo com voce Marcos, o mundo mudou tem muita gente nele, cada vez mais a cada ano,não tem cidade mais democrática do que o Rio nesse sentido ,e essa festa é a demonstração disso, o sol nasce para todos!

    • Marcos, príncipes e famosos só na inauguração do Copacabana Palace e no tempo do Jorginho Guinle. Agora, é só os latinos mochileiros de fronteira e farofeiros. A beleza da festa de réveillon nos foi tirada, quando a Prefeitura, os patrocinadores e a mídia puxaram para si o direito de fazerem da maneira mais suntuosa e grandiosa para o Mundo. E o que era de iniciativa popular, o povo em questão, deslumbrados, boquiabertos, mudos, embasbacados, como você bem diz, não passa de um mero coadjuvante. Carnaval está chegando….

  34. Assino seu texto – morei durante 35 anos na Av. Atlântica, no Leme, e vi a degradacao que vc tão bem descreve. Me mudei para o Leblon, onde esse inferno se reproduz nos blocos de rua no carnaval…. Lamentável.

    • Queridos cariocas,

      tudo no mundo eh uma questao de balanço…. religião cega é ruim, bebida em demasiado é ruim, chocolate demais é ruim, etc, etc.
      Nao entendo pq em Copacabana os moradores não são consultados, a cada decisão da prefeitura, para a aprovação dos eventos, horário e volume musical dos acontecimentos no bairro.
      Não entendo o pq, então, de os moradores serem obrigados a passar por esse desconforto e não se manifestarem.
      Eu moro em Sydney, Australia, onde todo ano, exibem o SEGUNDO maior espetáculo de fogos na virada do ano ( a Cidade Maravilhosa, claro, fica em PRIMEIRO lugar, na minha opinião e na de muitos que conheco).
      Em Sydney Harbour, se o indivíduo não chega às 5 da manhã para ficar em pé numa fila no sol, sem barraquinhas de comida por perto, extremamente bem organizada num zig zag como as filas dos parques da Disney, até a hora que começam a colocá-los pra dentro do Jardim Botânico, onde a visão é a previlegiada, ele nao conseguirá ver nada. Quando o número chega a 10 mil pessoas, náo deixam mais ninguém ultrapassar a barricada policial montada ao redor da Opera House e da Harbour Bridge.
      É tudo super bem organizado, planejado, não tem música alta, o show termina logo antes da meia noite, e eu acho tudo muito bonito, mas tambem um saco. Quem nao marcar um restaurante ou hotel com meses de antecedencia, não vê os fogos. Só escuta.
      Tenho certeza, que em Copacabana, se os moradores e associação de bairro se organizarem, eles poderão dar palavra na decisão sobre a festa da virada em Copacabana.
      Façam alguma coisa para resolver a situação, não somente reclamem…
      Eu, que estou de fora, vejo nos jornais, muita reclamação, manifestações, mas aí vem o carnaval e todo mundo esquece dos problemas. Até quando eles voltam no ano seguinte.

Deixe um comentário para Cristina Reis Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.