POR QUE NÃO CRITICO A (NÃO) ACESSIBILIDADE DA CASA COR

Só mesmo essas empresárias perscrutadoras, empenhadas, da Casa Cor, para descobrirem o magnífico endereço atual do evento, que estaria fadado a ser mais um futuro túmulo de cupins, traças, ratos, baratas e infiltrações, não fossem elas…

Certo, certo, o imóvel é da UFRJ. Sei, sei, a Universidade projeta instalar ali um Centro de Altos Estudos. Mas a UFRJ já tem tantos prédios lindos, fantásticos, maravilhosos caindo aos pedaços, que a gente escuta o discurso bem intencionado, não duvida, porém desconfia…

Fato é que já há grupos hoteleiros – estrangeiros até, como o Bulgari, dos hotéis boutique – interessados no imóvel. Qualquer destino que o preserve será melhor do que vê-lo despencar…

Quanto à grita pelo fato de o evento não ter provido os usuários com acessibilidade, elevadores, etc., eu, que convalesço de cirurgia nos dois joelhos, seria a primeira a ter motivos para reclamar. Mas tenho bom senso. Não crítico injustamente. Vi que o empresário Carlos Alberto Serpa demorou três anos – TRÊS  ANOS – para conseguir licenciamento dos órgãos do patrimônio para colocar um elevador na Casa Julieta de Serpa sem mexer na estrutura do prédio…

E até ele conseguir foi preciso muito empenho, paciência, conversas, contatos, convencimentos. Não é fácil, o jogo é duro. A burocracia é grande…

Não havia tempo hábil para passar por todo esse tormento, até obter a licença de instalação do elevador, para um evento anual como é o Casa Cor. Era ser ou não ser. Ou a 3Plus fazia o evento lá ou não fazia. Optou por fazer. Acho que, mesmo assim, mesmo eu tendo que subir a escada me agarrando no corrimão acima e, depois, pelo corrimão abaixo, foi melhor ter…

E que os órgãos do patrimônio revejam esse seu ritmo antiquado de licenciamento…

E que a imprensa trate de se ligar em criticar hoteis, que aí estão, que não cuidam de acessibilidade, nem nunca cuidaram, bem como teatros, até recém-inaugurados, onde não há rampas nem elevadores e sequer um singelo monta-cargas para cadeiras de rodas…

Em tempo: o Copacabana Palace está cumprindo direitinho seu cronograma de um lobby com acessibilidade enviado a este blog. Estamos atentos e fortes, como sempre…

9 ideias sobre “POR QUE NÃO CRITICO A (NÃO) ACESSIBILIDADE DA CASA COR

  1. Exatamente, e hoje mesmo, vi umas 3 senhoras cadeirantes, felizes da vida, fazendo lanche e comentando os espaços lindos do andar terreo.

  2. Maninha, ,
    seria IMPOSSIVEL fazer rampas para 4 andares numa casa TOMBADA e com pe direito altissimo.

  3. Concordo plenamente,tenho absoluta certeza que todo o psssível foi tentado,Parabéns Patricia Quentel e Cia.

  4. Hilde querida ai discordo de voce…estou com o Arnaldinho Brenha …rampa e barato ,rapido e facil de fazer ,infelizmente as pessoas so pensam nisso quando tem alguem cadeirante na familia ou nos amigos proximos …..a vida e assim……nao precisa elevador basta uma rampa …….bjssssssss.

    • Maninha,
      Concordo que você pode colocar uma rampa improvisada, para três, quatro degraus, como faz o Gero, mas não pode colocar uma rampa para quatro andares.
      Não sabia que o Arnaldinho Brenha sugere isso, mas, para a entrada principal, apenas o primeiro andar, é uma boa ideia uma rampa de acesso, nestas semanas finais da Casa Cor, aos cadeirantes que desejem visitar o térreo.
      Beijos,
      Hilde

      • Muito boa e justa a materia.

        Ja existe na entrada um elevador de cadeira de rodas, que leva o cadeirante com todo o conforto e segurança ao andar terreo, sendo desnecessario subir qualquer degrau.

      • Mas o casa cor tem um elevador de acesso ao piso térreo para que cadeirantes possam visitar pelo menos 15 espaços, entre eles restaurantes e bares.

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