À entrada, recepcionando os convidados, o garçom de casaca, colete e gravata brancos. Os demais garçons, no serviço do coquetel e da mesa à francesa, encasacados e com gravata preta. Eram oito deles para atender aos 16 convidados sentados, lugares marcados. E tudo fluiu como um espetáculo muito bem ensaiado e sem qualquer excesso ou exagero.
Os anfitriões eram Elizabeth e Carlos Alberto Serpa. Homenageados, Maria Alice e João Maurício de Araújo Pinho. Em comum, os dois casais nutrem a mesma paixão e o mesmo entusiasmo pelos objetos e obras de arte, que colecionam e reúnem em suas belas residências, onde recebem com muito requinte.
Eles integram um grupo restrito do Rio de Janeiro, que cultiva padrões de elegância e rituais de civilidade, significando a resistência de uma tradição cosmopolita carioca, que precisa e deve ser mantida, pois nela reside a memória da sofisticação da Cidade Maravilhosa, desde os seus áureos tempos da Corte, passando pelos anos dourados de Capital Federal aos transgressores frenetic dancing days dos 70’s – a invasão francesa da noite carioca com a mestra Régine Choukroun a ensinar como se fazia.
Tempos anteriores das grandes damas, como Maria Cecília Fontes, Gilda Guinle, Assunta Seabra; épocas de ouro de Laurinda Santos Lobo, de Besanzoni e o conde Lage; anos das reuniões em casa de Raimundo de Castro Maya.
Os Paula Machado, os Peixoto de Castro Palhares, os Seabra. Os Souza Campos, os Catão, os Capanema, os Colagrossi, os Mayrink Veiga, os Gualberto, os Duvivier, os Faria. Os Willemsen, os Veiga, os Mello Franco, os Rocha Miranda, os Chamma, os Jafet, os Almeida Braga, os Moreira Salles, os Nabuco, os Nascimento Brito, os Spitzman Jordan. Os réveillons e as recepções generosas de Lily de Carvalho Marinho, que fizeram escola.
Grandes personalidades e momentos da vida social carioca, com a forte influência francesa que sempre os caracterizaram, em seu grande e melhor estilo, identidade cultural social que os Serpa e os Araújo Pinho sabem tão bem perenizar em seus salões.
Assim foi o jantar. As fotos dizem bem melhor do que eu.
Ainda Belita Tamoyo, embaixador Pires do Rio, a homenageada Maria Alice Pinho, os garçons, os pássaros de porcelana e o “chemin de table” de prata ao longo de todo o centro da mesa … nas fotos de Hildegard Angel
Por causa disso ,não vamos deixar de apreciar o que é belo e maravilhoso. Fala sério. É luxo, sim. É requinte, sim e charme tbém. Mas eles podem… então vamos apreciar essas maravilhas….
Esse jantar retrata fielmente, a cara do o nosso País… O requinte, o charme a educação, o luxo como prato principal. E viva os abonados do País emergente!!
Adorooooooooooo esses requintes e a sua descição.. Tudo muito lindo!!!