MARTHA ROCHA DOA SUA FAIXA DE MISS BRASIL 1954

Recebi hoje para almoço, vista para o mar, duas amigas queridas: Martha Rocha e Chica Dutra.

Martha atravessou a ponte Rio-Niterói pra gente matar as saudades. Ela agora mora do outro lado da Baía da Guanabara, na cidade que tem a segunda melhor qualidade de vida do país. Mas confessou-me morrer de saudades de Volta Redonda, onde morou oito anos em casa imensa, cinco quartos, jardim com pomar, jabuticabeira, árvores frondosas, varandão e passarinho.

Mais do que isso: sente falta dos amigos feitos lá e do afeto de toda a população, que a cercava de carinhos mil. Quando entrava num táxi, o motorista abria os braços e dizia: “Hoje ganhei o dia!”. Eram manifestações desse tipo. E ela só veio para Niterói para ficar perto do filho, Carlos Alberto, que se mudou pra lá e tem o maior xodó com a mãe, de quem ele quer sempre estar sempre perto.

Acompanhada de sua secretária, Ivonete, Martha chegou com uma grande mala. Trouxe um pequeno tesouro, sua memorabilia: troféus, portrait pintado a óleo em seu tempo de Miss Brasil, vários banners, vestidos bordados, curtos e longos, sapatos, troféus e … tã, tã, tã, tã…. a sua faixa de Miss Brasil de 1954!

Martha, vocês sabem, é até hoje considerada a mais linda das misses que o Brasil já produziu. Seus olhos, num tom raro de azul, deram nome a um tipo de água marinha e a um tipo de mármore nacional.

Tudo isso para ser doado ao Instituto Zuzu Angel, para compor a Coleção Martha Rocha, para o acervo que vocês poderão ver no Museu da Moda, a ser instalado na Casa da Marquesa de Santos, em São Cristóvão, já sendo restaurada pela Fundação Espírito Santo.

Chica Dutra também doou vestidos lindos, de gala, anos 80, do costureiro Gerson e da estilista Leda Bastos, todos haute couture, acompanhados de fotos documentais.

Foi uma tarde proveitosa, para a nossa amizade e para a memória da moda brasileira.

martha rochaChica Dutra, Martha Rocha com a faixa de Miss Brasil 1954 e eu segurando seu Troféu

 

 

18 ideias sobre “MARTHA ROCHA DOA SUA FAIXA DE MISS BRASIL 1954

  1. Sem dúvida alguma, Martha Rocha, sempre foi e será a nossa eterna Miss Universo. Não há o que contestar, as provas desta beleza, ainda hoje estão aí para quem quiser ver, o resto é conversa…

  2. concordo , com tudo o que dizem sobre nossa querida Marta , porem só discordo de 1 coisa , que éla foi a primeira Miss Brasil . Na realidade a primeira Miss Brasil , foi Zeze Leone , em 1922 , da cidade de Campinas (embora representasse a cidade de Santos ) , e houveram mais 4 misseis brasil depois . Marta , na realidade , foi a nossa sexta miss brasil , e a nossa segunda miss universo ( isso de segundo lugar , é papo de judeu-americano mentiroso ) . MUITO OBRIGADO

  3. Belissima! Marta Rocha foi entrevista por Shirley Farber aqui em Boston e eu tive a honra de ser a diretora do programa naquela dia. Marta Rocha deixou saudades aqui em Boston. Eternamente linda!

  4. Bom um relato de suma importancia , ou seja , valorizando a cultura e as nossas tradições , pois as misses para mim é um icone ; tempos de glória no qual o brasil parava para assistir o certame , tempos no qual a essencia da beleza natural realmente era julgada , composta por mulheres lindas e com traços fortes . Realmente Martha Rocha é digna de todas as mais diversas jomengens

  5. Nós gaúchos também a amamos de coração, mesmo tendo a nossa querida Miss Universo Ieda Maria Vargas. Desejo muita paz, luz e amor, pois é uma verdadeira guerreira.

  6. Eu também morava em Copacabana e vim morar em Niterói.No princípio não foi muito fácil mas hoje não sinto nenhuma falta de lá.Niterói, hoje está muito bom de se morar.Ela não vai se arrepender e vai gostar…

  7. Martha, ouvi uma entrevista sua que diz que você está morando em Niterói. Eu morava em Copacabana e via muito você na rua. Hoje,também estou morando em Niterói mas ainda não tive o prazer em ver você..

  8. Gostei muito dessa sua notícia e ela fez-me lembrar do último desfile do Clodovil em 1991, quando Cláudia Liz, modelo da época, adentrava a passarela vestida de miss com faixa, cetro, coroa e capa numa homenagem à Marta Rocha. Ainda bem que temos o IZA e o futuro museu para abrigar esse acervo, digamos, guardado com o zelo de mãe de miss, pois não haveria onde conservar essa memória. A memória da mais famosa de nossas misses deve ser preservada, pois é um fato cultural importante, afinal temos uma delegada de nome Marta Rocha assim como até uma receita culinária. Gostei também da participação de peças do costureiro Gerson, costureiro das noivas de famílias tradicionais, não tão em evidência no cenário fashion nacional, mas teve o seu espaço. Parabéns por mais essas aquisições.

  9. Ela foi praticamente vizinha da minha mãe, em Volta Redonda, no bairro Laranjal. A verdade é que, desde o golpe dado pelo ex cunhado, a vida dessa eterna Miss mudou e muito. Mas acho-a linda e merece todas as homenagens.

  10. Seria ótimo se as outras Misses, ainda vivas, ou a familIa das já falecidas, doassem também para o IZA, para que todos pudessem ver estas relíquias dos tempos em que ser MISS era outra coisa, totalmente diferente do que é hoje em dia, e o Brasil parava literalmente,com familIas reunidas, torcidas, Maracanãzinho lotado. E uma parte importante da história cultural do Brasil. Marta, Adalgisa e Terezinha serão sempre as mais populares Misses do Brasil.

    • Em 1954, quando eu tinha 8 de idade, fui com minha mãe ao dentista na Avenida Rio Branco. Na saída, passando pela porta da Casa Canadá, minha mãe e eu vimos Marta Rocha em pé na porta da famosa e elegante Casa Canadá. Ficamos maravilhados. Ela estava parada no degrau da porta, que dava para a calçada. Logo uma porção de gente apareceu. Foi encantador.
      Hoje, aos 70, depois de advogar por 45 anos seguidos aqui no Rio, voltei ao piano (instrumento que nunca deixei de tocar, mesmo advogando) e aos palcos. Gomo gostaria de executar Chopin, Liszt, Mozart, Beethoven, Villa Lobos….para esta sublime brasileira que encantou o mundo e projetou o nome do Brasil! Será que este meu sonho vai se concretizar?

      • UM FATO

        Na década de 80, minha esposa e eu estudávamos na Sorbonne. Cumprimos 3 anos de doutoramento. Ela (Idade Média e Revolução Francesa). Eu (Responsabilidade Civil, Pública e Privada). Por isso, moramos em Paris (Montmartre) num casarão de dois andares, quatro dormitórios… de propriedade de meu sogro. Casa grande para apenas duas pessoas. Sentíamos isolados. Almoço e jantar nos restaurantes. Só o café da manhã em casa. Todos os dias. Era enfadonho.

        Certa noite, no restaurante pertinho de nossa casa, o “Chez Moi”, vimos uma linda mulher acompanhada de um homem. O casal entrou e os dois se sentaram não muito distante e nem muito próximo à nossa mesa. E a identificamos: era Marta Rocha. Nos levantamos e fomos até à mesa do casal e disse em português, surpreso e feliz: “Marta, que prazer encontrar você aqui, tão longe do Brasil”.

        “Je ne m’apelle Marta”, respondeu a linda mulher. E eu me desculpei: “Pardon, madame”. Neste momento o homem que a acompanhava disse a ela em francês que eu estava me referindo à Marta Rocha, a bela brasileira, a eterna Miss Brasil.

        Enfim, os dois eram marido e mulher. Ambos franceses. Não falavam português. Mas o marido (Richard) sabia quem era a brasileira Marta Rocha. E acrescentou: “você tem razão, minha esposa se parece muito com a Miss Brasil Marta Rocha. Tem notícia dela?”.

        A conversa foi mais adiante. O nome da outra belíssima mulher era Catherine. Juntamos nossas mesas. E dalí surgiu grande amizade que perdura até hoje.

        Por favor, conte tudo isso à Marta Rocha, a verdadeira.

        • Por favor, diante do pouco caso com o fato que relatei, até hoje ainda aguardando moderação, peço que o mesmo seja excluído. Este e o anterior. Recordei momentos de minha vida que me trouxeram saudade. Muita saudade. E constato que o destinatário a quem os enderecei não lhes deu o merecido valor. Por favor, reitero, peço que sejam excluídos meus relatos.
          Atenciosamente,
          Jorge Béja
          Advogado no Rio de Janeiro
          Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros
          Especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris – Sorbonne )
          Pianista-concertista.

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