José Victor Oliva se despede do carnaval na Sapucaí com o camarote Nº1

Vou morrer de saudades! Assim termina o carnaval na Sapucaí com o camarote da Brahma, depois de 21 anos de sucesso, despedindo-se para dar lugar às obras de ampliação do Sambódromo e abrindo passagem para os Jogos Olímpicos. Mas no último carnaval do camarote não houve espaço para o baixo astral. O grito de ordem foi curtir, curtir, curtir e curtir muito até o dia amanhecer…

A coluna conversou com o dono da ideia, José Victor Oliva. Sentado no lounge da entrada do camarote, ele contou suas alegrias, ousadias e as muitas lembranças que vão ficar guardadas. Registradas ou não, as imagens estão gravadas no coração de José Victor

HA – Você acredita mesmo que este foi o último ano do camarote Nº1 ou ele pode ganhar um novo espaço?

JVO – Não tem como avaliar de verdade e tudo pode acontecer. As pessoas têm me perguntado isso e acho difícil o camarote ir para outro lugar. Esse espaço é único, diferenciado…

HA – O que vai ficar na saudade para o José Victor Oliva?

JVO – Tenho pensando nisso esses dias. Me pergunto: Afinal, que sucesso é esse? Terminamos uma etapa no auge. Um negócio que deu certo o tempo inteiro e tudo vai ser saudade. Estamos terminando esse sucesso por conta de motivos alheios à nossa vontade. Mas, tenho certeza de que o que vai ocupar esse lugar será sucesso também. O carnaval não era aqui. A fábrica da cerveja existia aqui. Depois, o carnaval foi transferido para cá e é isso tudo que tem hoje. E o camarote participou dessa evolução, desse sucesso. É um lugar predestinado ao sucesso…

HA – Algum desses anos ficou marcado especialmente na sua memória?

JVO – O primeiro a gente nunca esquece. O primeiro ano do camarote certamente não esquecerei. É como o primeiro sutiã, o primeiro filho. Lembro a gente sentado criando, tendo idéias, fazendo acontecer…

HA – Você pensa em, no próximo carnaval, fazer outra festa?

JVO – Não. A primeira coisa que vou fazer quando terminar o carnaval é comprar umas frisas para no próximo ano vir curtir com a minha família. Quero estar de frente para o lugar onde é hoje o camarote e olhar da reforma…

HA – Verdade que você fez aniversário em plena Sapucaí?

JVO – Fiz aniversário no domingo e me emocionei muito. A Hebe fez um bolo pra mim e , já na madrugada de segunda-feira, o pessoal da produção também me presenteou com uma comemoração….

HA – Sendo este o último ano, você conseguiu relaxar? Não se preocupar tanto com o resultado?

JVO – Não. Tenho compromisso forte com o público e com tudo que faço. Quero sempre fazer o melhor. Inovar, trazer a novidade e a superação. A cada ano surgem novas ideias, coisas que penso que poderia ter feito e não fiz, que faria no ano seguinte. Por exemplo, fico olhando aquela casa ali do alto (parte da estrutura da cervejaria) e gostaria de ter levado o show que temos no camarote para lá, fazer um terraço, tendo o Cristo como testemunha…

HA – Então, qual o segredo de tantos anos de sucesso e disputa para estar no Camarote Nº1?

JVO – O segredo de um evento bem feito é sempre tratar todo mundo igual. Aqui todos são bem tratados, todos são convidados de primeira classe. E os famosos também ficam à vontade porque aqui ninguém pede autógrafo ou para tirar foto. Todos se sentem iguais e vips…

Fotos de Sebastião Marinho

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José Victor Oliva falou à coluna

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O local pensado por Oliva para os shows do camarote. Será que ainda é possível, será?

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