Homenagear Nélida Piñon é o must da temporada e motivos para isso não faltam

 Motivos sobravam para celebrar a escritora Nélida Piñon naquela sexta-feira quase tão adorável e iluminada quanto ela. Havia como boa razão o prêmio “El Ojo CríticoIberoamericano”, conferido a Nélida pela Rádio Nacional da Espanha, e outro bom motivo era sua posse na USP, há duas semanas, na Cátedra José Bonifácio, de Estudos Íberoamericanos, sucedendo a Enrique Iglesias.

A casa dos anfitriões da homenagem, Ronald e Henriqueta Levinsohn, extremamente bem cuidada, conserva-se tal e qual quando foi construída e inaugurada, nos anos 70, e este é seu grande charme.

É uma casa datada em sua arquitetura, na decoração, nos jardins, nas obras de arte que a ornamentam. Isso a faz única e lhe agrega valor especial.

Ela inspira histórias, momentos, pessoas que deixaram seus rastros naqueles ambientes de blindex, aço escovado, pedras e madeiras nobres, persas, santos barrocos, artistas brasileiros modernos, do século 19 e abstratos.

Naquele bar com ótimas safras paira a sugestão dos ecos das conversas de personalidades influentes dos últimos 40 anos e do chacoalhar de seus copos on the rocks.

Cenário bem adequado à verve dos talentos literários presentes, que se distribuíam pelas mesas redondas da varanda em torno da residência: Antonio Torres, Domício Proença Filho, Francisco Weffort, Mary Del Priori, Geraldinho Carneiro, Ferreira Gullar, o médico-escritor Almir Ghiaroni.

Editores para publicar tantos nomes, havia Sonia Machado, Carlos Leal, Paulo Rocco, José Mario Pereira.

Jornalistas Christine Ajuz, Augusto Nunes e Roberto D’Ávila.

O ex-ministro Lampreia, das Relações Exteriores. Os cineastas Luiz Carlos Barreto e Paula Barreto. O médico Jair de Castro, o advogado Roberto Halbouti, o pioneiro da televisão brasileira José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o educador Carlos Alberto Serpa, o precursor do merchandising em nossa TV, Jorge Adib.

Gisella Amaral chega toda florida, no momento em que está sendo servido o cozido com vista para o jardim, parecendo projeto de Burle Marx. Henriqueta Levinsohn me conta que ela mesma orienta o jardineiro a bordar orquídeas nos troncos das árvores, “como fazem os porteiros da rua Garcia D’Ávila”. Uma visão que garante o bom humor para o dia inteiro. Henriqueta é uma doce figura. Nélida também é. Não admira os amigos todos terem acorrido tão prontamente atendendo ao convite. Sem recusas.

Levinsohn Francisco Weffort, Helena Severo, Ronald Levinson e Roberto D'AvilaFrancisco Weffort, Helena Severo, Ronald Levinsohn, Roberto D’Ávila

LEvinsohn Henriqueta Levinson e Beth Serpa 1

 Henriqueta Levinsohn e Beth Serpa

Levinsohn Hildegard Angel e Mary Del Priore

 Hildegard Angel e Mary Del Priore.

Levinson Nélida Piñon e Helena Pedrosa

 Nélida Piñon e Helena Pedrosa

Levinson Antonio Torres e Paulo Rocco

 Antonio Torres e Paulo Rocco

Levinson Beatriz Paredes (Emb. México) e Ferreira Gullar

Beatriz Paredes, do México, e Ferreira Gullar

Levinson Almir Ghiaroni, Roberto Halbuti e Mary Del Priore

 Almir Ghiaroni, Roberto Halbouti e Mary Del Priore

LEvinson Domicio Proença Filho e Sonia Machado

Domicio Proença Filho e Sonia Machado

L

Levinsohn e Nélida Piñon chamam para o cozido

Levinson Soraia Cals, Hildegard Angel e Roberto Halbuti

Soraia Cals, Hildegard Angel e Roberto Halbouti

Levinson Beth Lagardère e Carlos Alberto Serpa

 Bethy Lagardère e Carlos Alberto Serpa

Levinson Carlos Leal e Claudia Levinson

 Carlos Leal e Claudia Levinsohn

 Fotos de Marco Rodrigues

 

Uma ideia sobre “Homenagear Nélida Piñon é o must da temporada e motivos para isso não faltam

  1. Nossa Hilde, quanta erudição concentrada, é melhor que limpeza de pele, é uma lavagem espiritual…me convida Hilde…beijo…

Deixe um comentário para alvaro lins e silva Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.