BURNIER DE PAI PRA FILHO PARA NETO: A AERONÁUTICA DEVE NOVAS EXPLICAÇÕES AO BRASIL!

Leiam essa, está na Isto É desta semana. Uma reportagem corajosa do jornalista Claudio Dantas Sequeira, meus cumprimentos a ele!…

O brigadeiro Gilberto Burnier em questão na matéria vista no link abaixo é filho do brigadeiro João Paulo Burnier de péssima memória comandante da Base Aérea do Galeão, quando meu irmão, o jovem Stuart Edgar Angel Jones, foi torturado e morto da maneira mais bárbara, conforme denúncia por escrito e assinada de testemunha ocular. Confirmada inclusive por um médico que o atendeu na época, a serviço da ditadura…

Este foi e é mais um caso que se mantém impune. O brigadeiro Burnier morreu de morte morrida, no refúgio de seu doce lar, entre seus familiares, que continuam ao suave e duvidoso balanço dos privilégios de nossa generosa (para muito poucos) República. Até quando?…

Leiam o link abaixo:

SOB+AS+ASAS+DOS+PAIS

http://bit.ly/SKBq3D

http://www.istoe.com.br/reportagens/250771_SOB+AS+ASAS+DOS+PAIS

16 ideias sobre “BURNIER DE PAI PRA FILHO PARA NETO: A AERONÁUTICA DEVE NOVAS EXPLICAÇÕES AO BRASIL!

  1. Ildegard Angel, eu nasci em Natal, de onde fui morar no Rio quando tinha 20 anos. Porém, sempre ouvira falar nesse Burnier miserável, sem saber ao certo se foi o mesmo que veio a Natal em 63 com a família. Conheci à época a colega de sala do Ateneu, Roberta Saboya Burnier, dos seus 16 anos, mais ou menos, e um dos irmãos, Roberto Burnier, bem mais novo, e sei que outro ainda mais novo existia.
    Nem tudo me chega à memória como queria, daí nunca ter tido a certeza se esses João Paulo Burnier foi o mesmo que causou as trajédias de sua família.
    Como saí daqui em 64, e logo depois explodiu a desgraça, partindo do RJ, acho que esse bandido primeiro plantou aqui seu veneno de cobra em alguns conterrâneos, como com o prefeito da ocasião, em execício, Djalma Maranhão.
    Se foi ele mesmo significa que veio para Natal em 63 já com os planos para atacar a população quando viesse o golpe no ano seguinte.
    Enfim, será que você poderia me dizer se esse Burnier a que me refiro foi o mesmo que causou essa infelicidade à sua família.
    Queria muito juntar as peças para saber contar a história dos amigos que também penaram nas mãos desse monstro, ou se era outro monstro com o mesmo sobrenome.
    Desde já, agradeço pela atenção, e saiba que conheço tudo de sua vida, do seu passado, por ter acompanhado as narrativas todas por meio da imprensa.
    Um abraço.

  2. Sou sobrinho neto do brigadeiro Burnier. Minha mãe sempre falava o quão terrível ele era! Foi uma das figuras mais nefastas da ditadura. E hoje ainda tem gente que apóia isso.

  3. Que aquele brigadeiro psicótico, torturador e assassino está no inferno onde merece, nós sabemos, mas -pergunto- o saudoso Stuart Angel chegou a participar de ações em que apontou armas para brasileiros civis??? ( o que – se ocorreu- não atenua os crimes contra ele e sua mãe), mas eu (um ex-militar da FAB) gostaria de saber qual foi o papel do estudante S. Angel na luta armada.

    • Posso lhe dizer, prezado leitor, que meu irmão era um pacifista. Posso ainda lhe dizer, que, segundo ouvi de antigos companheiros do movimento, Stuart e Carlos Alberto Muniz foram as vozes que se levantaram opondo-se a que o MR-8 pegasse em armas, quando o tema foi posto em discussão entre eles, mas foram voto vencido.

      Digo também que, acuados diante da opressão, sem possibilidade de diálogo ou trégua, todos somos levados a alguma reação.

      Foram colocados tanques na rua, soldados a cavalo, “gorilas” disfarçados de civis e fortemente armados, residências invadidas, estudantes impedidos de frequentar suas escolas, pessoas sequestradas e com paradeiro jamais sabido, enfim, toda a sorte de intimidação e agressão contra jovens que tinham como armas apenas suas ideias e seus livros.

      Vivíamos num cenário de farsa em que muito se inventava, mentia, forjava, para denegrir, punir, prender, torturar, matar. Um cenário de permanente “caça às bruxas”. Julgado à revelia, como se vivo estivesse, mesmo depois de morto, meu irmão foi três vezes absolvido nos tribunais militares, em julgamentos a que assisti com minha mãe.

      Isso é tudo o que posso lhe dizer.

      Sobretudo sei que, no lugar dele, em situação de risco, qualquer um recorreria a uma arma. O senhor. Eu também. Legítima defesa está em nosso código penal.

      Posso, por fim, lhe afirmar que muito me orgulho de meu irmão ter sido um revolucionário. Ele queria melhorar a condição do povo, recuperar sua liberdade, reconduzir o país ao estado democrático. Deu a vida pela causa. Um mártir, um herói brasileiro.

      Louvo este atual momento de paz e harmonia institucional, por mais que a ânsia desestabilizadora, fomentada por interesses estranhos à nossa soberania, tente mais uma vez gerar o caos.

      Como cidadã, admiro as Forças Armadas em seus princípios patrióticos de defesa de nossa Nação soberana, e não me oponho a elas. Temos e tivemos grandes, nobres e louváveis militares nas 3 Armas. No entanto, reservo-me o direito de manifestar minha inconformidade sobre a névoa que se insiste em manter sobre os fatos. Famílias brasileiras até hoje sofrem com isso. Muito. A impunidade não é construtiva. Mesmo que a punição consista apenas em um registro na folha pessoal, isso já seria uma satisfação dada.

      Não podemos construir coisa alguma em cima da negação de fatos tão sérios. Que dirá uma Nação.

      “64” não foi fruto apenas da ação de militares. De fato foi tramado, urdido e insuflado pelos interesses de alguns civis, políticos sequiosos do poder fácil, de empresas ambiciosas e do estrangeiro voraz. Os militares vieram por último. E hoje são eles os mais cobrados pela opinião pública.

      Os grandes responsáveis e incentivadores daquele golpe de Estado, os que prosperaram e mais se locupletaram com ele, lavaram suas mãos como Pilatos quando lhes foi conveniente, aderindo ao novo alvorecer democrático do país, no fim da década de 80.

      Agora, de novo mostram a face oportunista de suas conveniências. Porém, desta vez as Forças Armadas estão blindadas pela experiência do passado recente, do qual guardam cicatrizes amargas.

      Tais cicatrizes deveriam servir de alerta a outras instituições brasileiras na atualidade.

      Minha avó sábia, Francisca, costumava alertar as crianças: “Violência gera violência”.

  4. TENHO 53 AA NAS URNAS.NOS E ESTOU ASSUSTADO DE VER COMO NO CLASSE MEDIA E REACIONARIA.PAIRA UM AR DE GOLPISMO NO AR!!!!EM TEMPO NAO SOU PTISTA,MAS O PODER SE GANHA NAS URNAS.

  5. Prezada Hildegard Angel,
    Como posso comprar a camisa com a imagem de Stuart Angel, exibida no programa Sem Censura.
    Com agradecimentos,
    Atenciosamente,
    Sérgio Rubem Coutinho Corrêa

  6. Prezada Hildegard Angel,

    Perdoe-me, acho que fui deselegante com a indagação anterior, a Senhora Zuzu Angel ensinava elegância, sou um inconformado com o desfecho da Ditadura Militar, sem impunidade aos crimes contra a Humanidade – mais uma vez mil perdões.
    Com respeito,
    Sergio Rubem Coutinho Corrêa. OAB 051841 srubem@superig.com.br

  7. Prezada Jornalista,

    Como ficou o caso de Zuzu Angel ?, quando ouço a música do Chico Buarque, em homenagem a ela, me comovo.
    Tenho uma filha chamada Julia Paula, é estilista e bailarina, já falei muito de Zuzu com ela – de sua criatividade e coragem.
    Abraços de
    Sérgio Rubem Coutinho Corrêa

  8. Tanto Stuart Angel como Sonia Angel são heróis nacionais, jovens idealistas, tinham sonhos de ver um país mais justo e foram mortos por uma ditadura violenta, incompetente e corrupta.
    Conheci o falecido professor Moraes, pai de Sonia, participei de alguns movimentos e de seu sofrimento em busca dos restos mortais de sua filha.
    Todos nós temos o dever de lembra-los aos nossos filhos e netos, para que aquele período de trevas nunca mais volte.
    Sérgio Rubem Coutinho Corrêa OAB 51841 – 67 anos

  9. Acabei de assistir na TNT ao filme ZUZU ANGEL. É da gente ficar revoltada com a nossa Presidenta que também sofreu torturas e não coloca esses assassinos fardados na cadeia por crimes de tortura e assassinatos. Estou ligada em tudo o que diz respeito a depoimentos sobre a ditadura militar, que foi um período negro da nossa história. Uma barbárie.

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